Chuck Blazer admite ter vendido votos para os Mundiais de 1998 e 2010

Declaração feita em 2013, à justiça dos EUA, foi tornada pública nesta quarta-feira.

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Fabrice Coffrini/AFP

O norte-americano Chuck Blazer, antigo alto dirigente da FIFA, assumiu-se como culpado do envolvimento num esquema de corrupção, que abrangia outros responsáveis do organismo e que passou pelo processo de atribuição da organização dos Mundiais de 1998 (França) e 2010 (África do Sul).

O ex-membro do comité executivo, cargo que desempenhou entre 1996 e 2013, declarou-se culpado numa declaração feita à justiça norte-americana em Novembro de 2013, num tribunal de Nova Iorque, e que agora se tornou pública.

Segundo Blazer, tanto ele como outros membros do comité executivo da FIFA aceitaram subornos em troca de votos nas candidaturas de França e África do Sul. O detalhes desta declaração tornaram-se conhecidos depois de os procuradores terem libertado as transcrições da audição de 2013.

Para além do cargo que desempenhou na FIFA, Chuck Blazer foi um dos representantes máximos da Confederação da América do Norte, Central e das Caraíbas (Concacaf) entre 1990 e 2011. De acordo com o documento, a admissão de culpa é taxativa: "Mais ou menos em 2004 e até 2011, eu e outros membros do comité executivo aceitámos receber subornos a troco da escolha da África do Sul como anfitriã do Mundial de 2010", afirmou, reconhecendo também ter vendido votos para o Campeonato do Mundo de 1998.

O antigo dirigente, que tem colaborado com a justiça norte-americana desde que foi detido, admitiu ainda ter agido da mesma forma relativamente aos direitos de transmissão televisiva da Gold Cup (campeonato que reúne as selecções da Concacaf) de 1996, 1998, 2000, 2002 e 2003.

 

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