Cenários do Governo sobre descongelamento de carreiras são "psicadélicos"

A dirigente da Frente Comum de Sindicatos Ana Avoila considerou hoje que os cenários apresentados pelo Governo sobre o descongelamento das progressões dos funcionários públicos são "muito psicadélicos".

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Daniel Rocha

Ana Avoila falou à imprensa à saída de uma reunião no Ministério das Finanças, onde os secretários de Estado da Administração Pública, Fátima Fonseca, e do Orçamento, João Leão, apresentaram aos dirigentes sindicais algumas hipóteses para o descongelamento das carreiras no Estado a partir de 2018.

Na reunião, os governantes avançaram com "ideias" mas "nada em concreto" e os cenários apresentados são "muito psicadélicos, muitos números", disse a dirigente da Frente Comum, sem querer adiantar quais os cenários.

"Há uma coisa que sabemos e que está dito e que nós não aceitamos é que [o descongelamento] é faseado, gradual, proporcional, tudo o que nós não aceitamos", sublinhou Ana Avoila.

"Uma coisa que foi dita com muito floreado é que não é para toda a gente e que só podem gastar 200 milhões, quando o valor total é de 600 milhões de euros, o que dá para ver o número de trabalhadores que vão ser favorecidos ou então, se forem todos, o bocadinho que vão levar", acrescentou a dirigente da Frente Comum.

A sindicalista considerou que "o cenário é muito complicado" e lembrou que no dia 3 de Outubro a Frente Comum vai decidir qual a forma de luta a adoptar, que poderá passar por uma greve ou manifestação.

Ana Avoila revelou, por outro lado, que um dado "bom" da reunião foi a possibilidade de o trabalho suplementar poder vir a ser descongelado em 2018.

Além da Frente Comum, os governantes reuniram-se hoje com a Federação dos Sindicatos da Administração Pública (Fesap) e com o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE).

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