Apoiar a “jóia da coroa” da democracia moderna

Em 1948 a Declaração Universal dos Direitos Humanos e em 1966 o Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos reconheceram a liberdade de opinião e expressão, referindo que a mesma inclui a liberdade de procurar, receber e difundir informações e ideia por qualquer meio, uma alusão óbvia à liberdade de imprensa. A imprensa livre e independente é base fundamental de uma sociedade democrática e parte integrante da liberdade de expressão. Contudo só 14% da população mundial beneficia de liberdade de imprensa e somente 66% da imprensa europeia é livre. 

Numa época em que vivemos num mundo cada vez mais populado com “notícias falsas”, “factos alternativos” e desinformação, a imprensa está cada vez mais sob ataque. Cada ataque a um jornalista, jornal ou a uma TV é um ataque a toda a imprensa, e constitui um incitamento ao ataque generalizado à liberdade de imprensa.  Apesar de a imprensa ter por obrigação e função ser um travão à demagogia e autoritarismo, ser uma watchdog (cão de guarda) das liberdades, mas também ativista, guardiã e educadora, a verdade é não o pode fazer sozinha. 

O PÚBLICO – ou outros jornais de referência – não pode isolado garantir este direito humano. Para que a sua realização seja garantida, o Estado tem de continuar a assegurar (através da legislação e políticas) a proteção do mesmo. Mas todos nós também temos a obrigação moral de apoiar este direito fundamental. Como? Comprando jornais e sendo intolerantes com quem atacar a “jóia da coroa” da democracia moderna. 

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