OMS elogia compromisso do Facebook em controlar desinformação antivacinas

Utilizadores da rede social vão passar a ser direccionados para sítios fidedignos quando efectuarem uma pesquisa sobre vacinação.

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"A desinformação em torno da vacinação é uma grande ameaça à saúde global", diz a OMS Paulo Ricca

A Organização Mundial da Saúde (OMS) congratulou-se, esta quinta-feira, com o compromisso do Facebook em direccionar os utilizadores que procuram informações sobre vacinas para sítios de reputada credibilidade, controlando assim a desinformação sobre o tema. O redireccionamento será aplicável a pesquisas efectuadas no Facebook, gerais ou específicas em Grupos, mas também no Instagram e outros fóruns.

Após alguns meses de conversações com a OMS, o Facebook comprometeu-se em enviar os seus utilizadores para “informações precisas e credíveis sobre vacinas em vários idiomas”, que constam no site da OMS, avançou a agência de saúde da Organização das Nações Unidas, “para garantir que mensagens vitais de saúde cheguem às pessoas que mais delas precisam”.

“As principais organizações digitais têm uma responsabilidade para com os seus utilizadores: garantir que os mesmos possam ter acesso a factos sobre vacinas e saúde”, afirmou a OMS em comunicado. 

A desinformação em torno da vacinação é uma grande ameaça à saúde global que pode reverter décadas de progresso feito no combate a doenças evitáveis”, lê-se no mesmo documento. Doenças infecciosas mortais, como sarampo, difteria, hepatite, poliomielite, cólera e febre-amarela, podem ser evitadas com a imunização.

A OMS diz que as vacinas são uma das inovações mais poderosas da história da saúde pública e estima que salvam pelo menos dois milhões de vidas por ano em todo o mundo. Além disso, a imunização significa que milhões de crianças evitam ser infectadas com doenças debilitantes que resultariam em longas estadas no hospital e tempo fora da escola.

Porém, alerta o mesmo organismo, nos últimos anos, foram muitas as informações erradas sobre vacinação que se propagaram através das redes sociais – inclusivamente durante as principais campanhas de vacinação para prevenir a poliomielite no Paquistão e a febre-amarela na América do Sul.

A OMS acrescentou ainda que esta iniciativa do Facebook deve ser “acompanhada por medidas tangíveis dos governos e do sector da saúde” para promover a confiança na vacinação e responder às necessidades e preocupações dos pais.

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