Felicity Huffman vista a sair da prisão durante tempo de pena

Poderia ser uma cena da série que a tornou famosa, mas é uma imagem da vida real: a actriz Felicity Huffman, a Lynette de Donas de Casa Desesperadas, saiu discretamente do perímetro do estabelecimento federal de Dublin, Califórnia, prisão onde está a cumprir pena efectiva, para se encontrar com o marido e a filha.

,Carro
Fotogaleria
As imagens foram divulgadas pelo programa Inside Edition da cadeia televisiva CBS DR
,Escândalo de suborno de admissões na faculdade de 2019
Fotogaleria
O actor William H. Macy, marido de Felicity Huffman, não foi indiciado no mesmo caso Katherine Taylor/Reuters
,Ator
Fotogaleria
A actriz Lori Loughlin e o marido, o designer Mossimo Giannulli (à esquerda), declararam-se inocentes Brian Snyder/Reuters

Felicity Huffman deu entrada no estabelecimento prisional há uma semana, restando-lhe ainda mais outro tanto para cumprir a pena de prisão de 14 dias a que foi sentenciada, após se ter declarado culpada no caso do escândalo de acesso à faculdade, em que a actriz assumiu ter pagado 15 mil dólares (13.458 euros) a um consultor para que este inflacionasse o resultado dos exames de acesso à faculdade da filha mais velha, em 2017. Mas o que está a causar espanto são as imagens que registam, em vídeo, uma pequena escapada da actriz: Huffman foi filmada com o uniforme prisional e de chapéu de beisebol a sair das instalações da penitenciária para se encontrar com o marido, o actor William H. Macy, e com a filha, no parque de estacionamento exterior ao estabelecimento

Além do encarceramento, Huffman terá ainda de pagar uma coima de 30 mil dólares (cerca de 27 mil euros) e cumprir 250 horas de serviço comunitário.

Huffman, cuja carreira inclui uma nomeação para o Óscar de melhor actriz por Transamerica (2005) e um Emmy pela sua participação em Donas de Casa Desesperadas, foi a primeira entre um mais vasto leque de pais envolvidos no escândalo a ser condenada: no total, há 52 encarregados de educação acusados de participar no mesmo esquema, em que pagavam ao consultor William “Rick” Singer (que, entretanto, já se deu como culpado) para melhorar as notas dos seus filhos, para que estes pudessem ter acesso às melhores universidades, como Yale, Stanford ou a Universidade do Sul da Califórnia. O actor William H. Macy não foi indiciado no mesmo caso.

Sobre outros pais envolvidos no mesmo esquema, já é conhecida a sentença do antigo executivo da International Dispensing Corporation, Gregory Abbot, e da sua mulher, Marcia Abbott, após terem admitido o pagamento de 125 mil dólares (112.250 euros) ao mesmo consultor: o casal foi condenado a um mês de prisão efectiva, a uma multa de 45 mil dólares (40.400 euros) e a 250 horas de serviço comunitário. Também a proprietária de uma joalharia, Marjorie Klapper, apresentou-se como culpada, assumindo ter pagado 15 mil dólares (13.458 euros) para falsear as notas de acesso à universidade do seu filho, recebendo uma pena de três semanas de prisão e uma coima no valor de 9500 dólares (8500 euros).

Há ainda pais que mantêm a versão de serem inocentes: é o caso da actriz Lori Loughlin (Fuller House) e do marido, o designer Mossimo Giannulli.

Sugerir correcção
Comentar