“O cinema pode, pelo menos,
salvar as imagens”

Nicole Brenez, ensaísta e programadora da Cinemateca Francesa, escolheu meia dúzia de documentários que, com recurso a imagens de (ou filmadas por) migrantes em trânsito, iluminam o papel do cinema nos nossos dias. É o ciclo Um Lugar sobre a Terra, este fim-de-semana em Serralves.

Foto
Paulo Pimenta

“O ​próprio facto de preservar um plano filmado por duas pessoas que, sem estas imagens, seriam completamente ignoradas pela história é das coisas mais nobres e mais dignas que um cineasta pode fazer hoje.” Numa pequena frase dita no final de uma conversa telefónica, fica resumido o papel que o cinema pode desempenhar no conturbado mundo em que vivemos: o de servir como memória viva e permanente daqueles cuja existência de outro modo seria ignorada. É por isso que a ensaísta e programadora Nicole Brenez chamou ao ciclo que preenche este fim-de-semana a Casa do Cinema Manoel de Oliveira, em Serralves, Um Lugar sobre a Terra: O Cinema da Hospitalidade.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Comentar