“Ao contrário dos livros a vida não é facilmente ordenável”

Hugo Gonçalves escreveu um livro de memórias a partir do acontecimento que foi a morte da mãe, tinha ele oito anos de idade. Não é uma homenagem, nem uma elegia, nem o resultado de um processo catártico. É um romance sobre a identidade e a memória.

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Hugo Gonçalves viveu anos fora de Portugal. E um dia voltou. Foi mais ou menos por esta altura, que as circunstâncias de vida o levaram a começar a escrita deste livro Miguel Manso

Hugo Gonçalves (n. 1976), jornalista, guionista e cronista, escreveu um livro que é uma viagem pela memória, a sua, uma viagem adiada havia muitos anos. Em Filho da Mãe o autor regressa a esse dia de Março de 1985 (tinha oito anos) em que, acabado de chegar da escola, recebeu por uma vizinha a notícia de que a mãe “já não está a sofrer mais”. Para abrir o livro escolheu uma epígrafe do escritor norte-americano James Baldwin, que de certa forma resume o que se adivinha ter sido o trabalho de escrita deste romance: “Esta é a viagem que faço para contar-vos a verdade, aquela que sempre soube que teria de fazer. Uma viagem é uma viagem porque não sabemos o que vamos encontrar no caminho ou o que faremos com aquilo que descobrimos.”

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