A polémica está instalada. Horas depois de ter sido comunicado que o actor Johnny Flynn, um sul-africano que é também músico e é conhecido pelos papéis nas séries Lovesick e Genius, iria desempenhar o papel de David Bowie no filme biográfico Stardust; o filho do falecido músico, o realizador Duncan Jones, veio dizer que os produtores do projecto não têm direitos de utilização da música do pai no filme, nem sequer a aprovação da família para a obra.

Na rede social Twitter, Duncan Jones, escreveu que não sabia se o filme iria ou não acontecer, mas vincou que o mesmo não iria conter nenhuma música do seu pai, sem adiantar no entanto grandes explicações para o facto. “Se querem ver um filme biográfico sem a música dele ou a bênção da família, é convosco”, escreveu às tantas, dirigindo-se ao público em geral.

A produção de Stardust comunicou ainda que os actores Marc Maron e Jena Malone, que fará de Angie, a primeira mulher de Bowie, também farão parte do projecto, que não tem data de estreia, e deverá começar a ser rodado em Junho.

O comunicado à imprensa informava ainda que o filme iria conter “um pequeno número de actuações” do músico. Duncan Jones afirma agora que esse não será o caso. Apesar da polémica, o realizador, que assinou filmes como Moon e Mute, também se abstém de fazer um filme biográfico sobre o pai. "Não sou a pessoa certa. A minha perspectiva é excessivamente subjectiva e pessoal”, explicita.

Assinado por Gabriel Range, responsável por I Am Slave e Death Of A President, o filme biográfico Stardust é descrito como sendo uma história sobre um período específico na vida do cantor. O filme irá narrar a primeira visita do jovem David Bowie aos Estados Unidos em 1971, naquela que acabou por constituir a viagem que inspirou a invenção do alter-ego Ziggy Stardust.