João Espadinha partiu à procura das canções

Segundo álbum de um guitarrista que começou em terras do jazz mas se rendeu às canções. Em Terra Alheia Sei Onde Quero Ficar inspira-se ao longe em Bob Dylan ou Cole Porter, mas é um disco de hoje e em que Primeira Dama eleva a fasquia.

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Maria Bicker

João Espadinha terá suspeitado de que o seu percurso estaria a divergir numa direcção diferente quando, nas vésperas de avançar para a gravação do seu primeiro álbum em nome próprio, passava menos horas a praticar os solos que estava prestes a fixar em disco do que a escrever letras e a alinhavar canções soltas. Em vez de reforçar a segurança nos temas de perfil jazzístico e maior exigência técnica que iniciariam a sua discografia, a imaginação fugia-lhe para melodias e palavras cantadas. Mas Kill the Boy (2017), esse álbum em que matava a sua mocidade e se fazia adulto, era ainda filho de uma clara linguagem do jazz, mesmo que as derradeiras composições (6th floor e Tema para um fim) a entrar contemplassem já a presença de uma voz.

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