Morreu Kirstie Alley, a actriz que conhecemos ao balcão de Cheers, Aquele Bar

A actriz norte-americana morreu de cancro, que lhe fora recentemente diagnosticado. O seu mais popular papel terá sido o de Rebecca Howe na aclamada série televisiva difundida de 1982 a 1993.

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A personagem que interpretou em Cheers valeu a Kirstie Alley um Emmy de melhor actriz principal numa série de comédia MONICA ALMEIDA/reuters
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A personagem que interpretou em Cheers valeu a Kirstie Alley um Emmy de melhor actriz principal numa série de comédia HENRY NICHOLLS/Reuters

A actriz Kirstie Alley, uma estrela dos anos 1980 e 1990 que ganhou um Emmy pelo seu papel na sitcom Cheers, Aquele Bar, tendo protagonizado também Os Segredos de Veronica e participado em filmes como Olha Quem Fala e Star Trek II: A Ira de Khan, morreu esta segunda-feira, aos 71 anos.

Kirstie Alley não resistiu a um cancro que lhe fora recentemente diagnosticado, explicaram os seus filhos, True e Lillie Parker. “Icónica no ecrã, era uma mãe e avó ainda mais incrível”, acrescentaram, numa publicação no Twitter. O manager da actriz, Donovan Daughtry, confirmou a morte por email à agência Associated Press (AP).

O seu papel mais popular foi a Rebecca Howe da sitcom Cheers, ao lado de Ted Danson. A personagem foi criada depois de Shelley Long, a Diane das primeiras cinco épocas, ter abandonado o elenco.

A icónica série da NBC sobre um bar de Boston esteve no ar entre 1982 e 1993 e todas as principais personagens ainda vivas reapareceriam anos depois na também icónica (e duradoura) Frasier, um spin-off de Cheers centrado num dos clientes regulares do bar, o homónimo psiquiatra Frasier Crane. Todas menos uma, aliás: devido à sua filiação na Igreja da Cientologia, que vê com desprezo a psiquiatria, Kirstie Alley recusou-se a retomar o seu papel como Rebecca Howe em Frasier.

Em 1991, a personagem valeu-lhe o Emmy de melhor actriz principal numa série de comédia. Viria a ganhar um segundo Emmy, desta feita de melhor actriz principal numa minissérie ou filme para televisão, em 1993, pelo filme David's Mother.

Mas estes não foram os seus únicos trabalhos televisivos. Anos antes, Kirstie Alley desempenhara outro papel icónico numa minissérie que o público português acompanhou apaixonadamente: a abolicionista Virgilia Hazard, de Norte e Sul, uma criação de David L. Wolper sobre a Guerra da Secessão, protagonizada por Patrick Swayze e James Read.

Em 1997, após o final de Cheers, estreava-se Os Segredos de Veronica, sitcom de David Crane e Marta Kauffman, os criadores de Friends. Era encabeçada por Kirstie Alley, que encarnava a dona de uma empresa de lingerie. A série durou três temporadas e valeu-lhe outra nomeação para os Emmys. No mesmo ano da estreia de Os Segredos de Veronica, a actriz viu-se também nomeada para os prémios da indústria televisiva norte-americana pela sua participação numa minissérie baseada em O Último dos Padrinhos, de Mario Puzo.

Com o passar dos anos, protagonizaria uma série de programas que tomavam a sua vida real como matéria-prima: as sitcoms Fat Actress, de 2005, em que assumia uma versão ficcionalizada de si própria, e Kirstie, de 2013; e o reality show Kirstie Alley's Big Life. Fez ainda parte do elenco da segunda temporada de Scream Queens​, comédia de terror de Ryan Murphy e Brad Falchuk.

No cinema, um dos seus papéis mais reconhecidos colocou-a junto a John Travolta na comédia de 1989 Olha Quem Fala, escrita e realizada por Amy Heckerling, bem como nas suas diversas sequelas. Interpretava então a mãe de um bebé cujos pensamentos íntimos eram expressos pela voz de Bruce Willis.

Ainda no grande ecrã, foi Saavik em Star Trek II: A Ira de Khan, de Nicholas Meyer, tendo a sua personagem sido interpretada por outra actriz em episódios posteriores desta saga que começou na televisão. Fez também dois filmes realizados pela lenda da comédia Carl Reiner e trabalhou com John Carpenter no remake de A Aldeia dos Malditos, de 1995, e, dois anos depois, com Woody Allen, em As Faces de Harry. Em 1999, interpretou o papel da assustadora mãe que assumia a organização de um concurso de beleza adolescente numa pequena cidade norte-americana em Linda de Morrer, mockumentary de culto da comédia negra realizado por Michael Patrick Jann.

Nos últimos anos, eram sobretudo as suas opiniões pró-Trump e anti-vacinas, mais do que o seu trabalho como actriz, que vinham fazendo de Kirstie Alley notícia. Com Lusa

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