Sensações de Cannes são finalistas para o prémio europeu Lux

Depois da aclamação no festival francês, 120 Battements par Minute (Grande Prémio do Júri) e Western (Un Certain Regard) são dois dos três nomeados para o prémio de cinema do Parlamento Europeu.

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120 Battements par Minute, realizado por Robin Campillo dr

120 Battements par Minute, do francês Robin Campillo, Western, da alemã Valeska Grisebach, e Sameblod, da sueca Amanda Kernell, são os três finalistas do Prémio Lux de Cinema 2017, atribuído anualmente pelo Parlamento Europeu e que em 2016 premiou Toni Erdmann, de Maren Ade. Anunciados por Antonio Tajani, Presidente do Parlamento Europeu, em Roma, os três filmes irão ser exibidos em todos os países europeus entre Outubro e Dezembro próximos, com o filme vencedor a ser anunciado em Estrasburgo a 15 de Novembro.

Os finalistas de 2017 reflectem a atenção do prémio, instituído em 2007, com filmes de tema social: 120 Battements par Minute, realizado por Robin Campillo (co-argumentista de Laurent Cantet em A Turma), venceu o Grande Prémio do Júri no festival de Cannes e recria os anos de luta contra a sida em França em final dos anos 1980.

Western, terceira longa da alemã Valeska Grisebach, foi rodado com actores não profissionais e acompanha as relações de um grupo de operários alemães a trabalhar na Bulgária com a comunidade local. Foi um dos títulos mais aclamados de Cannes, onde foi apresentado fora de concurso na secção paralela Un Certain Regard.

Finalmente, Sameblod, estreia na realização da sueca Amanda Kernell, aborda o quotidiano de uma adolescente de etnia sami na região sueca da Lapónia na década de 1930 e o seu combate contra a discriminação, tendo estreado na paralela Venice Days do festival de Veneza em 2016. Os três filmes vieram de uma lista mais alargada de dez, que incluia ainda O Outro Lado da Esperança de Aki Kaurismäki ou dois títulos já exibidos em Portugal, Glória da dupla búlgara Kristina Grozeva/Petar Valchanov e Corações de Pedra do islandês Gudmundur Arnar Gudmundsson.

O prémio Lux pretende ajudar à divulgação e à diversidade do cinema que se produz dentro da Comunidade Europeia e que aborde temas centrais ao debate público e cívico. O primeiro galardão foi atribuído em 2007 a Do Outro Lado de Fatih Akin e entre os vencedores de anos seguintes encontramos Welcome de Philippe Lioret (2009), Ida de Pawel Pawlikowski (2014) ou Toni Erdmann de Maren Ade no ano passado. Dos três finalistas 2017, 120 Battements par Minute e Western encontram-se adquiridos para distribuição portuguesa, respectivamente pela Midas de Pedro Borges e pela Leopardo de Paulo Branco, sem terem ainda data de estreia confirmada.

 

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