Adepto que invadiu relvado no jogo de Portugal foi libertado

Italiano entrou com bandeira arco-íris, símbolo proibido pela organização do Mundial, no relvado. Mario Ferri envergou frases de apoio a mulheres iranianas e à Ucrânia.

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Adepto entrou em campo com uma bandeira arco-íris EPA/NOUSHAD THEKKAYIL

O adepto que invadiu o relvado com uma bandeira arco-íris no jogo entre Portugal e o Uruguai foi libertado esta terça-feira. A informação é avançada pela Agence France-Presse (AFP), que cita o Ministério dos Negócios Estrangeiros italiano.

Mario Ferri irrompeu pelo relvado do Estádio de Lusail ao minuto 61. Agitando uma bandeira multicor, com as cores do arco-íris – sinal de apoio à comunidade LGBTQ+ –, e uma t-shirt” com a inscrição “Respect for iranian woman [respeito para as mulheres iranianas]” na parte de trás e “Save Ukraine [salvem a Ucrânia] na parte da frente, o italiano conseguiu passar pelos stewards e chegar junto aos jogadores.

Apesar de ainda ter conseguido “fintar” o primeiro segurança e alcançar o meio-campo, o homem acabou por ser detido e retirado do recinto. Mesmo com o esforço da realização televisiva, foi possível ver por breves segundos o adepto. A bandeira arco-íris, que Mario largou durante a invasão, foi depois apanhada pelo árbitro da partida e entregue ao delegado de jogo.

Desde que foi escolhido para organizar o Mundial 2022 de futebol, que se iniciou em 20 de Novembro e decorrerá até 18 de Dezembro, o Qatar tem sido alvo de várias críticas, nomeadamente no que diz respeito às suas posições em matéria de direitos humanos, das questões LGBTQ+ e de abuso sobre os trabalhadores migrantes.

Perante este contexto, algumas federações uniram-se em Setembro na vontade de se expressarem com a iniciativa One Love, defensora de igualdade, em que eram apologistas do uso simbólico de uma braçadeira com a inscrição e as cores do arco-íris, mas a FIFA avisou não ser possível.

Entretanto, o organismo que gere o futebol mundial antecipou a campanha “Não à discriminação”, que deveria começar nos quartos-de-final do Mundial 2022, a fim de permitir que os 32 “capitães” das selecções utilizem essa braçadeira durante o torneio. Com Lusa

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