Benfica apurou-se mas não brilhou

Primeiro golo de Gabriel Barbosa com a camisola “encarnada” valeu triunfo sobre o Olhanense e apuramento para a quarta eliminatória da Taça. Svilar e Douglas fizeram estreia absoluta

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O Olhanense deu muito trabalho ao Benfica LUSA/LUÍS FORRA

O Benfica ganhou ao Olhanense por 0-1 e garantiu um lugar na quarta eliminatória da Taça de Portugal, mas não há muito mais que Rui Vitória possa tirar da partida para além do apuramento. Um golo de Gabriel Barbosa, logo nos primeiros minutos, decidiu a partida a favor da equipa “encarnada”, mas no restante tempo o que se viu foi uma exibição amorfa e muito pouco inspirada. Os algarvios pregaram alguns sustos ao Benfica, lutaram até à exaustão, mas não tiveram capacidade de finalizar da melhor maneira as oportunidades que criaram.

Quem previsse um jogo desequilibrado e dominado pelo Benfica enganou-se redondamente. A equipa tetracampeã nacional visitava um emblema que na última temporada foi despromovido ao terceiro escalão, e as diferenças entre os dois conjuntos eram evidentes, apesar das várias alterações feitas na equipa pelo técnico “encarnado”. Mas o Olhanense vendeu cara a derrota e não baixou os braços até ao apito final. O Benfica apurou-se mas não brilhou, e seguramente que a lista de preocupações de Rui Vitória não ficou mais curta – até porque na quarta-feira, na Luz, há jogo contra o Manchester United, na terceira jornada da Liga dos Campeões.

O passado recente do Benfica mostrava dois maus resultados (derrota com o Basileia na Champions e empate com o Marítimo no campeonato), mas a paragem competitiva para os jogos das selecções iria ser benéfica, segundo Rui Vitória. As “águias” apostavam em encerrar o ciclo negativo e, sem poderem contar com jogadores como Júlio César, Eliseu, Jardel e Jonas, surgiram no Algarve com várias alterações no “onze”. Destacavam-se as estreias absolutas de Svilar – o belga de 18 anos, ex-Anderlecht, tornou-se no mais jovem de sempre a defender a baliza “encarnada” – e Douglas, lateral emprestado pelo Barcelona.

Passaram quatro minutos até o Estádio Algarve assistir a outra estreia: Gabriel Barbosa fez o primeiro golo com a camisola do Benfica, recebendo um passe de Pizzi para fazer a bola passar por cima do guarda-redes do Olhanense. Seguramente que ia seguir-se uma noite tranquila e serena para os “encarnados”. Ou não. Porque, mesmo sem ter criado oportunidades flagrantes, o emblema algarvio não se deixou abater e disputou o jogo de igual para igual. A defesa do Benfica esteve em permanente sentido e o jovem Svilar não teve de esperar muito tempo até mostrar serviço: saiu bem aos pés de um atacante e afastou o perigo (2’) e desviou para canto o remate de Galassi (6’).

Mesmo antes do intervalo, o Benfica deu sinal de vida, com Rúben Dias a disparar de pé direito, mas o guarda-redes do Olhanense brilhou com uma grande defesa. Só que os “encarnados” não dominavam o jogo e sentiam dificuldades em travar a velocidade do adversário. Logo no início do segundo tempo os algarvios voltaram a ameaçar: um lançamento longo encontrou na esquerda Jefferson Encada, que rapidíssimo passou por Douglas e fez o passe para Léléco, mas o remate do cabo-verdiano bateu na malha lateral.

Os jogadores do Olhanense lutaram até ao limite das forças para contrariar a vantagem “encarnada”, mas, apesar de terem rondado várias vezes a baliza de Svilar, não conseguiram estragar a estreia do jovem belga.

O Benfica esperava que o tempo passasse e só agitou o encontro num par de lances sem consequências, condenando-se a não ter um instante de tranquilidade até ao apito final. Diogo Gonçalves, de muito longe, surpreendeu Cléber Santana mas acertou em cheio na trave da baliza do Olhanense. E Seferovic teve tudo para marcar aos 80’, mas perdeu-se em fintas e o perigo passou. Já nos derradeiros minutos, num livre a favor do Olhanense, Tiago Barros atirou ao lado. E só então Rui Vitória conseguiu respirar de alívio.

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