Bruno de Carvalho: "Somos sócios de pleno direito"

Presidente destituído do Sporting responde a Marta Soares dizendo que a sua suspensão de associado não tem base estatutária e legal e que é motivada por "vingança".

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Bruno de Carvalho quer voltar ao cargo do qual foi destituído em Junho passado LUSA/TIAGO PETINGA

Bruno de Carvalho diz que é sócio do Sporting de "pleno direito" e que a sua suspensão preventiva da condição de associado não está prevista nos estatutos. Em entrevista à SIC Notícias, o antigo presidente "leonino" diz que não há quaisquer fundamentos legais ou nos estatutos do clube que o impeçam de formalizar a sua recandidatura nas eleições de 8 de Setembro.

"Não existe nos estatutos esta suspensão preventiva. Percebi que a decisão [de expulsão] deve estar tomada porque Jaime Marta Soares me chamou ex-sócio. Eu e os meus ex-colegas não estamos suspensos de sócio, e vão entrar providências. Somos sócios de pleno direito", garantiu Bruno de Carvalho, poucas horas após a sua lista para os órgãos sociais ter sido recusado por Marta Soares, presidente da Mesa da Assembleia Geral do clube.

O antigo líder explicou que o seu processo disciplinar tem ilegalidades, entre a formação da própria Comissão de Fiscalização e a falta de correspondência nos estatutos do clube: "O processo disciplinar a decorrer tem como base regulamentos que ainda não estavam em vigor. Esta comissão de fiscalização vai contra os estatutos e a lei, todos os membros deviam ter recusado porque tiveram declarações pouco abonatórias a mim e à minha equipa. Não existe imparcialidade e isenção."

Bruno de Carvalho considerou que tudo o que a Comissão de Fiscalização tem feito é motivado por "vingança". "O que se está a passar aqui não é a defesa dos interesses do Sporting. Mexi com muitos interesses, não estão com o Sporting, estão a vingar-se. Sou um mero cidadão que teve a honra de servir o Sporting. A lei não vai aceitar a decisão, sou um cidadão cumpridor da lei, o Sporting só tem a ganhar com isto e só tem a ganhar com estas candidaturas", acrescentou.

Apesar da AG que o destituiu com 71% dos votos a 23 de Junho passado, Bruno de Carvalho acredita que ainda tem uma boa parte dos sócios consigo e que alguns que votaram contra ele nessa reunião já mudaram de ideias. "Houve quase 30% que estavam connosco. E há muita gente que votou na destituição que, passado este tempo, já está arrependida", frisou.

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