Destaques da noite olímpica: a surpresa veio do Quénia

Se não ficou acordado para a jornada nocturna dos Jogos Olímpicos, tem aqui o essencial do que se passou.

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Na final dos 110m barreiras, a vitória foi para o jamaicano Omar McLeod REUTERS/Lucy Nicholso

Simone, a nova garota do Rio de Janeiro

Simone Biles é a nova paixão da ginástica mundial. A atleta norte-americana ganhou na terça-feira a quarta medalha de ouro (a que se soma uma de bronze) na prova de solo. Tanta medalha de ouro numa mesma edição é um feito conseguido por poucas ginastas, recorda um dos nossos enviados ao Brasil, Marco Vaza, neste texto intitulado "Simone Biles, a menina do Rio", em que afirma que "Simone Biles já era uma 'estrela', mas saiu dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro como uma 'estrela' ainda maior". 

A má-sina do futebol brasileiro

Jogar em casa não parece favorecer a selecção brasileira quando se trata de grandes competições internacionais. O mundo já vira, em 2014, o descalabro da "canarinha" no Mundial de Futebol e nesta terça-feira confirmou que, no futebol feminino, a má-sina continua.  A selecção da casa foi eliminada pela Suécia, no Maracanã, e ficou afastada da final olímpica. Não é exactamente mais um "Maracanaço" para atormentar a psique brasileira, como recorda este texto, mas não deixa de ser mais um golpe na auto-estima futebolística de um país que adora o jogo.

A Jamaica e a Europa batem o pé aos EUA

No atletismo, a surpresa (ou talvez não) da noite foi o resultado da última final desta jornada de terça-feira. Nos 110m barreiras masculinos, o triunfo foi para um jamaicano, e França e Espanha reclamaram os restantes lugares do pódio. Um "desastre" (mais um) para os Estados Unidos da América que, tradicionalmente, dominavam esta disciplina apesar de, como recorda Luís Lopes, especialista de atletismo do PÚBLICO, os EUA terem perdido três das últimas quatro finais olímpicas. 

Na final dos 1500m femininos, houve surpresas. A favorita à vitória, a etíope Genzebe Dibaba, descansou à sombra dos seus créditos e no final viu o ouro fugir para a queniana Faith Kipyegon. E na final do salto em altura, que soube a pouco, o canadiano Derek Drouin saltou mais do que a concorrência, e garantiu o lugar cimeiro do pódio, sendo o único a ultrapassar à primeira, a fasquia colocada a 2,38m – isto é, a sete centímetros do recorde do mundo do cubano Javier Sotomayor. que suplantou a barra a 2,45m em 1993.

Chinesas eliminam anfitrião e afastam campeão olímpico

A China qualificou-se  para as meias-finais do torneio de voleibol feminino, à custa do Brasil, que saiu derrotado por 3-2 e ficou impedido de defender o título em casa. As chinesas travaram a caminhada imbatível do Brasil com os parciais de 15-25, 25-23, 25-22, 22-25 e 15-13, mas na fase de grupos tinham ficado no quarto lugar. Seguem em frente e vão enfrentar a Holanda, em busca do terceiro título olímpico. Na outra meia-final vão estar os Estados Unidos e a Sérvia.

Assobios pouco olímpicos para Lavillenie

O francês Renaud Lavillenie, vice-campeão olímpico no salto com vara, foi vaiado outra vez pelo público. Durante a cerimónia do pódio, em que recebeu a prata, foi assobiado pelos fãs brasileiros. O francês, que era favorito mas que viu a medalha de ouro fugir-lhe para o brasileiro Thiago Braz da Silva, ficou em lágrimas. “Realmente perturbou-me, senti a maldade do público e pratico um desporto em que nunca se vê isto”, disse o francês, que pediu desculpa por num primeiro momento, após estas vaias, ter dito que em 1936 o público alemão estava com Jesse Owens, o campeão negro que ganhou à frente de Hitler. O presidente do Comité Olímpico Internacional considerou “chocantes” as vaias dos brasileiros a Lavillenie.

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