Substituições temporárias em casos de lesões cerebrais em estudo

Objectivo será permitir que as equipas médicas conduzam exames rigorosos aos jogadores fora das quatro linhas, em caso de suspeita de comoção cerebral, sem a pressão de a equipa estar em inferioridade numérica.

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Reuters/MOLLY DARLINGTON

O International Board (IFAB), organismo que zela pelas regras do futebol, está a analisar a hipótese de os clubes fazerem uma substituição temporária com o objectivo de salvaguardar jogadores com eventuais lesões cerebrais.

A intenção é que, caso os médicos suspeitem que um jogador tenha sofrido uma comoção cerebral, passem a ter dez minutos para efectuar exames fora das quatro linhas. Para que o clube não fique em situação de inferioridade numérica enquanto o jogador é assistido, coloca-se a possibilidade de um jogador substituir temporariamente o colega de equipa.

Esta ideia partiu das preocupações demonstradas pelas equipas médicas que, algumas vezes, se sentem pressionadas a recolocar rapidamente o jogador em campo. Num comunicado enviado às redacções, o director do departamento médico da FIFPRO, Vincent Gouttebarge, diz que já há seis anos que esta organização tem pedido à FIFA e outras instituições que prolonguem o período de assistência a estes jogadores até aos dez minutos.

“Nós [FIFPRO] apoiaremos quaisquer mudanças nas leis de jogo que facilitem esta necessária janela de dez minutos, tal como o recurso a uma substituição temporária”, afirmou Gouttebarge.

Actualmente, a FIFA defende o “protocolo de seis dias”: em caso de uma lesão sem gravidade, recomenda-se que o atleta aumente aos poucos os níveis de actividade sendo que, idealmente, poderá voltar a competir seis dias após o incidente. 

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