PAOK será o adversário do Benfica no play-off

Os gregos, capitaneados por Vieirinha, asseguraram o apuramento após empatarem a zero em Moscovo, frente ao Spartak.

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LUSA/YURI KOCHETKOV

O golo de Gedson Fernandes em Istambul revelou-se decisivo para o Benfica vencer o primeiro assalto na luta pelo acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões, mas para assegurar o prémio superior a 40 milhões de euros que a UEFA atribuirá aos benfiquistas por marcarem presença entre as 32 melhores equipas da Champions, o Benfica terá agora que superar o PAOK. A equipa de Salónica, onde joga o internacional português Vieirinha, garantiu o apuramento para o play-off da Liga dos Campeões após arrancar um empate a zero em Moscovo, contra o Spartak.

Depois de uma primeira parte louca na primeira mão da 3.ª pré-eliminatória disputada há uma semana em Salónica, onde o Spartak teve dois golos de vantagem, mas permitiu que o PAOK desse a volta ainda antes do intervalo (3-2), o duelo entre gregos e russos não teve qualquer golo nos últimos 135 minutos.

Na Spartak Arena, um dos palcos onde se disputou o Mundial 2018, os russos precisavam de apenas um golo para se colocarem em vantagem na eliminatória e dominaram na primeira meia hora, onde chegaram a acertar na barra da baliza grega, mas a expulsão do avançado Luiz Adriano mudou por completo o rumo do jogo.

O internacional brasileiro viu o cartão vermelho directo aos 33’, por uma alegada agressão a um adversário, e a partir desse momento o PAOK, capitaneado por Vieirinha, conseguiu equilibrar a partida. A jogar em contra-ataque, os gregos podiam mesmo ter marcado na segunda parte, mas o nulo final acabou por ser suficiente para os jogadores da formação de Salónica garantirem o prémio de um milhão de euros que Ivan Savvidis, o polémico presidente do PAOK que no final da época passada entrou em campo de pistola à cintura e contestou uma decisão da arbitragem, prometeu distribuir pelos seus atletas se superassem a 3.ª pré-eliminatória.

Apesar de ter superado o Spartak, o PAOK mostrou no duelo com os russos ser uma equipa ao alcance do Benfica. Comandados pelo técnico romeno Razvan Lucescu, os vice-campeões helénicos têm em Vieirinha uma das suas principais figuras e contam habitualmente na equipa titular com mais dois jogadores que passaram pelo futebol português: o defesa central cabo-verdiano Fernando Varela, que passou por equipas por Estoril, Trofense e Feirense, e o avançado grego Pelkas, que na época 2014-15 realizou uma boa época ao serviço do V. Setúbal.

Pouco feliz em Moscovo, onde desperdiçou um par de boas oportunidades para marcar, o internacional sérvio Aleksandar Prijovic, que esteve no Mundial 2018 (entrou no final do Sérvia-Costa Rica) será um dos principais perigos para a defesa benfiquista – na época passada, o avançado marcou 27 golos em 39 jogos.

Embora o Toumba, a casa do PAOK, seja considerado o estádio mais difícil para jogar na Grécia pelo fanatismo dos adeptos, o Benfica tem boas recordações de Salónica. Há cinco épocas, sob o comando de Jorge Jesus, os “encarnados” afastaram o PAOK nos 16 avos-de-final da Liga Europa, com uma dupla vitória: 1-0 na Grécia e 3-0 no Estádio da Luz.

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