Portugal está pela 35.ª vez na final do Europeu

Selecção nacional derrotou a Itália nas meias-finais e vai reeditar, com a Espanha, um encontro já habitual na modalidade.

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Marzia Cattini

Foi um desafio exigente mas a selecção portuguesa superou-o e vai poder defender no domingo (18h30, RTP1), na Corunha, o título de campeão da Europa de hóquei em patins. Nas meias-finais do torneio, Portugal venceu a Itália, por 4-2, e prepara-se para disputar, pela 35.ª vez, o encontro que vai valer o título continental da modalidade. O adversário, esse, é um velho conhecido: Espanha.

Portugal entrou melhor em pista no Palácio dos Desportos de Riazor, trocando a bola com velocidade e forçando o adversário a jogar em transições. Numa das investidas à área italiana, Diogo Rafael arriscou o remate cruzado e inaugurou o marcador, aos 6m07s, dando expressão ao maior domínio português.

Mas Itália não precisou de acelerar muito, nem sequer de tomar conta do jogo, para chegar ao empate. Aos 9m26s, Alessandro Verona desviou com subtileza, à boca da baliza de Ângelo Girão, um remate de meia distância e igualou o marcador, forçando novamente os portugueses a assumirem as despesas.

E Portugal respondeu positivamente: esteve pertíssimo do golo aos 18’, quando Henrique Magalhães perdeu no confronto com o guarda-redes Ricardo Gnata, e repetiu o cenário aos 20’, quando Hélder Nunes beneficiou de um livre directo. À imagem do que tem acontecido neste Europeu, porém, o jogador do FC Porto não conseguiu marcar.

A jogar, nesse momento, em power play, a selecção portuguesa tinha tudo para aproveitar a vantagem momentânea, mas quem marcou mesmo, ainda que em inferioridade numérica, foi Itália, num contra-ataque concluído por Davide Banini, a 5m04s do intervalo.

O campeão europeu saía para o descanso em desvantagem, mas elevaria os níveis de intensidade no reatamento. Logo aos 5’ do segundo tempo, Rafa inventou uma linha de passe e serviu o goleador da praxe: ao segundo poste, João Rodrigues restabeleceu o empate, apontando o 22.º golo na prova (tem mais oito que o perseguidor directo, o espanhol Pau Bargalló). 

Estava lançada a recuperação, que seria materializada aos 36m10s, numa grande penalidade que Gonçalo Alves transformou com a mestria habitual, encaixando a bola no canto inferior esquerdo da baliza.

Invertiam-se os termos da equação. Agora era Itália que estava obrigada a arriscar e Portugal poderia aproveitar as transições. Graças a esse momento do jogo, criou um par de situações de golo iminente, já depois de Ângelo Girão, aos 39’, ter travado com autoridade um livre directo de Giulio Cocco. O golo da confirmação, esse, chegaria a 53 segundos do final, para coroar uma grande exibição de Rafa.

Pela 27.ª vez na história dos Europeus, o título decidir-se-á entre Espanha (que na meia-final derrotou a França por 8-2) e Portugal, o recordista de triunfos na competição (21).

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