SAD do Sp. Braga aumenta custos com pessoal em quase 30%

Com um prejuízo de quase dois milhões de euros, a SAD bracarense viu o passivo aumentar em quase 11 milhões de euros.

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António Salvador, presidente da SAD do Sp. Braga LUSA/RICARDO CASTELO

A SAD do Sporting de Braga vai apresentar na próxima assembleia-geral de accionistas um resultado líquido negativo de 1,83 milhões de euros (ME) em 2017-18, sendo que o seu passivo aumentou quase 11 ME.

Ao contrário da época anterior (2016-17), em que a SAD bracarense liderada por António Salvador registou um resultado positivo de 2,7 ME, em 2017-18 houve um prejuízo de 1,83 milhões, uma quebra explicada pela SAD pela não inclusão neste exercício de mais valias com a venda de alguns jogadores.

Segundo um comunicado da SAD "arsenalista", o resultado não incorpora a venda, em Agosto, de Vukcevic para os espanhóis do Levante (a época contabilística termina em 30 de Junho), nem de Pedro Neto e Bruno Jordão, que foram cedidos por dois anos aos italianos da Lazio com opção de compra no final da época passada, "o que impediu a contabilização total das suas transferências".

"Não fossem estas condicionantes, cujo impacto no resultado do período seria superior a 15 ME, a Sporting de Braga, SAD apresentaria resultados líquidos superiores a 13 ME", considera o mesmo comunicado, que frisa que, "ainda assim, o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização") atingiu o valor de 3,3 ME".

Os rendimentos aumentaram três ME (de 15,5 para 18,5), mas os gastos subiram mais do dobro, cerca de 30%, atingindo quase 31 ME (contra 23,7 da época anterior).

Destes, cerca de 18 milhões correspondem a gastos com pessoal, que englobam as remunerações (12,3) de todo o staff, dos atletas profissionais (equipas A e B) e dos atletas da formação (sub-15, sub-17 e sub-19), que transitaram do clube para a SAD, bem como os prémios de desempenho (1,5 ME).

Se o total do activo registou um crescimento (de 48,3 ME para 57,4 ME), o passivo da SAD minhota também aumentou, sendo agora de 44,5 ME, contra 33,5 da temporada que lhe precedeu, mais 11 ME que representam um acréscimo de 32,4%.

O capital próprio ascende a 12,9 ME, "o que representa uma autonomia financeira de 22,5%, que, apesar da redução face ao exercício findo, continua a ser a mais elevada das SADs cotadas em Portugal", nota a SAD "arsenalista".

Os accionistas da SAD do Sporting de Braga vão reunir, apreciar e votar o Relatório e Contas de 2017-18 e o orçamento da presente temporada na próxima segunda-feira, em assembleia-geral.

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