Sérgio Conceição pede FC Porto pragmático e objectivo

Treinador à espera de dificuldades extra em Moreira de Cónegos.

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“Espera-nos um jogo difícil”, antevê Sérgio Conceição FILIP SINGER/EPA

Sérgio Conceição adora a Taça de Portugal, um objectivo natural, claro e identificado no catálogo de troféus desejados pelo FC Porto, que não confunde o Moreirense com mero aperitivo dos quartos-de-final, apesar da goleada aplicada aos minhotos em finais de Agosto e da discrepância patente na classificação da Liga. Até pelas condições muito específicas do templo dos cónegos, onde o treinador dos “dragões” pede pragmatismo e objectividade.

Com Héctor Herrera disponível, após dois jogos de suspensão, e sem mais expulsões a lamentar pelos portistas na viragem do campeonato, apenas a baixa de Ótavio continua a limitar Sérgio Conceição, que garante estar preparado para as dificuldades que o aguardam no Comendador Joaquim de Almeida Freitas.

Desde a tarde quente do penúltimo domingo de Agosto, no Dragão, até à noite especialmente fria de Moreira de Cónegos muita água passou sob a ponte que o FC Porto terá que transpor para marcar presença nas meias-finais. Sérgio Conceição espera um Moreirense diferente daquele ao qual Aboubakar aplicou o primeiro hat-trick da época, num duelo tão desequilibrado que levou o então treinador moreirense, Manuel Machado, a “denunciar” a tirania dos “grandes”. O Moreirense mudou entretanto de “comandante”, apostando em Sérgio Vieira no final de Outubro, o que para o técnico do FC Porto significa uma variação na identidade.

“Espera-nos um jogo difícil, pela capacidade e qualidade do Moreirense, mas também pelas condições, dimensões e estado do terreno”, sublinhou, confessando — à margem da Taça — alívio por já não ter de defrontar o ex-Liverpool Philippe Coutinho, na Champions. Sérgio Conceição admitiu ainda só ser possível gerir as flutuações emocionais potenciadas pela reabertura do mercado e pela proximidade do Mundial, graças à dimensão e profissionalismos do plantel que tem à disposição.

O técnico respondeu, de resto, a todas as questões, mesmo não estando relacionadas com o Moreirense, para encerrar a sessão com um “mea culpa”, justificando as recentes declarações em que visou Rui Vitória. “Nunca foi intenção minha ofender ninguém. Sou frontal, mas não fui feliz”, referiu, relativamente à comparação do treinador do Benfica com um brinquedo do filho.

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