Will Claye ficou com a prata e a miúda

Adversário de Nélson Évora saltou para a bancada e pediu a namorada em casamento.

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Will Claye abraça a namorada, a velocista Queen Harrison, depois de eka aceitar a proposta de casamento KAI PFAFFENBACH/Reuters
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Queen Harrison ajusta o anel de noivado depois de dar o "sim" a Will Claye nas bancadas do estádio olímpico KAI PFAFFENBACH/Reuters
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Queen Harrison parece não acreditar no seu destino: corredora dos 100m barreiras não pôde lutar por uma medalha no Rio e acaba por sair de lá com uma jóia no dedo KAI PFAFFENBACH/Reuters
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O momento do beijo que selou a promessa de casamento entre Will Claye e Queen Harrison KAI PFAFFENBACH/Reuters
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Will Claye foi segundo na prova do triplo salto, mas festeja na bancada o noivado KAI PFAFFENBACH/Reuters
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Will Claye, à esquerda, com o compatriota Christian Taylor, o campeão olímpico do triplo salto, e o chinês Dong Bin, medalha de bronze no Rio 2016 Sergio Moraes/Reuters

Se os pedidos de casamento fossem medalhas olímpicas, então no Rio 2016 a equipa dos solteiros que querem dar o nó teria, ao 11.º destes Jogos Olímpicos, tantas medalhas quanto, por exemplo, o país anfitrião, o Brasil. A mais recente entrada nesta equipa é o triplista Will Claye, adversário de Nélson Évora na final do triplo salto e vice-campeão olímpico que, depois de saltar para a medalha de prata com um novo recorde pessoal (17,76m), deu um salto até às bancadas do estádio olímpico e pediu em casamento a namorada Queen Harrison (também ela atleta).

É o terceiro pedido de casamento no Rio 2016, envolvendo participantes nesta edição dos Jogos. Primeiro foram Isadora Cerullo e Marjorie Enya, casal que aproveitou o râguebi olímpico para selar a vontade de casar nas laterais do campo. Depois, foi junto à piscina olímpica. A saltadora chinesa He Zi tinha acabado de receber uma medalha quando o seu namorado, o também atleta olímpico na natação Qin Kai, se ajoelhou para a pedir em casamento.

E como não há duas sem três, também neste caso a futura noiva disse “sim”. Para Queen Harrison, que falhou por pouco o apuramento para o Rio, na sua especialidade (a prova feminina de 100m barreiras), foi também uma maneira de esquecer a tristeza que sentiu quando não conseguiu um lugar na equipa americana de Atletismo.

Presente nos Jogos de Pequim, em 2008, Queen Harrison nem sequer planeava viajar para o Rio, depois de falhar o apuramento. Conta o The New York Times que para ela seria “demasiado penoso ver a sua prova, sem ela”. Mas, acrescenta o jornal, algumas semanas depois dos trials norte-americanos – que servem para seleccionar os melhores para a equipa olímpica dos EUA –, decidiu que, mesmo nas bancadas, deveria estar presente, para apoiar Will Claye, com quem namora desde 2011.

Quando o triplista abordou o treinador sobre a sua intenção de pedir Queen Harrison em casamento, a reacção não foi de apoio. “Respondeu-me que talvez devesse esperar pelo regresso a casa”, diz Claye, citado pelo mesmo jornal. “Creio que [o treinador] não queria que estivesse mais focado no pedido de casamento do que na competição.”

Do círculo de amizades da velocista, também não se ouviram palavras de estímulo. “Não faças isso [no Rio]. Aquele momento é teu”, disse um amigo, conta o agora vice-campeão olímpico do triplo salto.

Queen reagiu com surpresa. E lágrimas. Will saltou de uma plataforma de fotógrafos por cima de uma vala que separa as bancadas da pista, dirigiu-se à namorada, que estava acompanhada de familiares dele no “Engenhão”, ajoelhou-se com um anel de noivado na mão e fez a pergunta crucial. Um momento captado não só pelos repórteres de imagem como pelo público.

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