António Ramalho critica autoridades europeias: “não têm simpatia pelos bancos portugueses”

O presidente do Novo Banco criticou, no Parlamento, a Direcção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia — que define as condições das ajudas públicas aos bancos portugueses.

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Reuters/PEDRO NUNES

O presidente executivo do Novo Banco criticou hoje, no Parlamento, a actuação da Direção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia (DGComp), em considerações que fez sobre créditos do Novo Banco.

Face a uma análise que a DGComp fez a 20 operações do Novo Banco, António Ramalho disse ter ficado “mais espantado e surpreendido mais por aquilo que a DGComp fez do que com aquilo que foi encontrado”.

Salientando que das 20 operações analisadas, 16 diziam respeito aos tempos do Banco Espírito Santo (BES) e quatro após a resolução, o responsável máximo do Novo Banco criticou a forma como a DGComp analisou um caso em concreto, que dizia respeito ao período após o qual entrou em funções.

“Há um caso que me preocupou. Foi nada mais nada menos que uma operação de crédito à habitação de 240 mil euros, com uma taxa de esforço de 13%” em que a DGComp não conseguiu conciliar a hipoteca com o crédito, referiu, acrescentando que “quem não sente não é filho de boa gente”.

Mais tarde, António Ramalho revelou que telefonou à DGComp para demonstrar a sua “indignação” pela análise ao crédito, que “está a ser pago”, e disse que “não reconhecia competências de auditoria à DGComp” para avaliar imparidades.

“A DGComp não tem especialmente simpatia pelos bancos portugueses”, disse.

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