Pharol ainda não tomou posição sobre aumento de capital na Oi

Plano de Recuperação Judicial da operadora brasileira, da qual o grupo português é accionista de referência, propõe-se a reduzir o passivo da empresa

Foto
Luis Palha da Silva, CEO da Pharol SR Sandra Ribeiro

A Pharol esclareceu hoje que, no âmbito do Plano de Recuperação Judicial da Oi, foi prevista a realização de dois aumentos de capital, não tendo tomado posição sobre um deles, segundo informação remetida ao mercado.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa liderada por Luís Palha da Silva diz que foi decidido um aumento de capital-Novos Recursos, “por entradas de dinheiro no montante de quatro mil milhões de reais (cerca de 886 milhões de euros), cujas “condições ainda não são conhecidas”, não tendo o Conselho de Administração tomado “qualquer deliberação” sobre o mesmo.

Por sua vez, no que se refere ao aumento de capital – Capitalização de Créditos, a Pharol não “acorreu” ao aumento, “considerando o preço a que o direito de subscrição poderia ser exercido e as actuais condições de mercado da cotação da Oi”.

Este aumento previa a “emissão de novas acções para os ‘bondholders’ que optassem por converter os seus créditos em capital da Oi”, sendo que o preço mínimo estabelecido para a emissão das acções foi sete reis (cerca de 1,55 euros).

A Oi está num processo de recuperação judicial desde 2016 com o objectivo de reduzir o passivo da empresa, que ronda os 65,4 mil milhões de reais (cerca de 16 mil milhões de euros).

O Plano de Recuperação Judicial propõe-se a reduzir o passivo da empresa, através da conversão de 72,12% da dívida suportada pelos credores, aos quais serão concedidos direitos sobre a companhia.

A portuguesa Pharol - accionista de referência da Oi, com 27% das acções, percentagem que deverá descer com a conversão de créditos - tem vindo a mostrar-se contra este Plano de Recuperação Judicial.

Sugerir correcção
Comentar