Sonae estuda entrada em bolsa de retalho alimentar e negócio imobiliário

A Sonae admitiu vir a colocar em bolsa a Sonae MC, o negócio na área de retalho alimentar, e a Sonae RP, a entidade que gere a propriedade imobiliária de retalho do grupo.

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NELSON GARRIDO

“O Conselho de Administração continua a analisar a possibilidade de listar parte do portefólio de retalho da empresa, no qual a Sonae manterá uma posição maioritária”, indicou no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) na segunda-feira à noite.

A Sonae adiantou que “o portefólio de retalho potencialmente sujeito à entrada em bolsa incluiria a Sonae MC, o negócio líder de mercado na área de retalho alimentar, e a Sonae RP, a entidade que gere a propriedade imobiliária de retalho da Sonae”.

“Esta potencial operação é consistente com o princípio estratégico da Sonae de criar valor para os accionistas e de garantir as melhores condições para que as suas empresas cresçam e reforcem as suas posições”, de acordo com o comunicado.

O Barclays, o BNP Paribas e o Deutsche Bank foram nomeados pela Sonae para organizar “reuniões exploratórias com potenciais investidores para uma possível entrada em bolsa”, não tendo ainda sido, nesta fase, “tomada qualquer decisão formal”, segundo a mesma fonte.

A Sonae Retail Properties (RP), criada em 2009, é responsável pela gestão do património imobiliário de retalho.

Já a Sonae MC, no retalho alimentar, integra os hipermercados Continente, os supermercados de conveniência Continente Modelo e Continente Bom dia, as lojas Meu Super, as cafetarias e restaurantes Bom Bocado e Bagga e os supermercados Go Natural.

Integra ainda a Make Notes, Note! (livraria/papelaria), a ZU (produtos e serviços para cães e gatos), a Well’s (saúde, bem-estar e ótica) e a Dr. Well’s (clínicas medicina dentária e medicina estética), segundo a informação disponível na página da Sonae na internet.

No dia 15 de Março, o co-presidente executivo do grupo Paulo Azevedo afirmou que a Sonae admitia vir a cotar em bolsa o negócio do retalho, respondendo assim ao interesse demonstrado pelo mercado, mas mantendo sempre uma participação maioritária.

Falando na apresentação das contas de 2017 do grupo da Maia, Paulo Azevedo disse, na altura, que esta possibilidade ia começar a ser estudada, não estando definidas nem as unidades do negócio do retalho que poderão vir a ser cotadas, nem qual a percentagem de capital a dispersar em bolsa.

Actualmente, o grupo Sonae tem já cotadas duas empresas no PSI20, o principal índice da bolsa de Lisboa, a Sonae SGPS e a Sonae Capital.

A Modelo Continente chegou a estar cotada, mas saiu de bolsa em 2006.

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