Subvenções a privados correspondem a 5% da despesa pública

O relatório com os dados de 2017 ainda não está disponível, mas o do ano anterior permite ver que as subvenções são sobretudo aplicadas em acção social.

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Em 2016, as IPSS estavam no topo da lista de subvenções atribuídas miguel Manso/ARQUIVO

As administrações públicas atribuíram 4231 milhões de euros em subvenções no ano passado, segundo noticia o Negócios nesta segunda-feira, com base nos dados da Inspecção-Geral de Finanças (IGF). Este valor desceu em relação ao mesmo período de 2016, ano em que o valor atribuído em subvenções tinha aumentado 20%. Em 2017, gastaram-se menos 71,7 milhões do que no ano anterior — o equivalente a uma descida de 1,7% entre os dois períodos.

O relatório que analisa a atribuição de subvenções – vantagens financeiras ou patrimoniais atribuídas a particulares – em 2017 ainda não está disponível, mas a IGF tem uma lista em bruto, não ordenada, com mais de oito mil páginas, refere o Negócios.

No entanto, os dados relativos ao ano anterior permitem ver onde são aplicadas estas subvenções: os principais beneficiários de 2016 (o primeiro ano do Governo de António Costa) foram as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS); a seguir, estão as empresas privadas e, em terceiro lugar, as associações sem fins lucrativos. Como refere o Negócios, a principal finalidade das subvenções é a acção social, que absorveu 1502 milhões de euros nesse ano.

Uma das entidades que viu o valor das subvenções diminuir de 2016 para 2017 foi o grupo de ensino particular GPS (Gestão e Participações Sociais), que ainda assim continua a ser uma das instituições mais apoiadas. A soma das subvenções atribuídas a este grupo em 2016 totalizava 24,6 milhões de euros; em 2017, este valor diminuiu para 22,1 milhões de euros.

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