Taxa de desemprego na China no nível mais baixo dos últimos anos

Criação de emprego é uma das prioriedades de Pequim numa altura em que a economia desacelera

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Os dados foram divulgados quando decorre em Pequim o Congresso do PCC chinês Roman Pilipey/Reuters

A taxa oficial de desemprego na China atingiu o seu valor mais baixo em 16 anos, fixando-se ligeiramente abaixo dos 4% no final do mês passado, mas as autoridades admitem que a criação de novos postos de trabalhos continua aquém do necessário.

O Ministério dos Recursos Humanos e Segurança Social chinês anunciou neste domingo que nos primeiros nove meses do ano foram criados quase 10,97 milhões de novos empregos, um aumento de 300 mil face a igual período do ano passado.

Um valor que, sublinha o ministério, atingiu já o objectivo fixado para a totalidade deste ano – em Março, o primeiro-ministro, Li Keqiang, afirmou que, depois dos 13,14 milhões de empregos gerados nos sectores secundário e terciário em 2016, o país precisava de criar mais 11 mil milhões este ano para manter a taxa de desemprego abaixo dos 4,5%.

Apesar disso, o ministro da Segurança Social, Yin Weimin, disse aos jornalistas, sem dar mais pormenores, que o país continua a ter dificuldades para criar os necessários.

Os novos dados foram conhecidos na mesma altura em que decorre o Congresso do Partido Comunista Chinês, realizado a cada cinco anos e onde são fixadas as decisões políticas e renovados os quadros máximos do regime. Com a economia a crescer ao ritmo mais lento dos últimos 26 anos, o partido dedica cada vez mais atenção aos esforços para criar postos de trabalho, a fim de evitar um aumento do desemprego que poderia gerar contestação social – um risco que aumenta face aos ambiciosos planos de reforma do Governo, nomeadamente os que prevêem a limitação da actividade industrial em alguns sectores.

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