Hillary Clinton lê, pela primeira vez, o discurso de vitória que escreveu para as eleições de 2016

Numa palestra sobre o poder da resiliência, a democrata leu o que teria dito se se tivesse tornado Presidente dos EUA. “Esta é uma vitória de todos os americanos, homens e mulheres, meninos e meninas”, leu.

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Hillary Clinton foi candidata às eleições presidenciais em 2008 e 2016 Reuters/MasterClass
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A palestra dada na plataforma MasterClass foi sobre o poder da resiliência Reuters/MasterClass

Hillary Clinton foi duas vezes candidata à presidência dos EUA, mas o público nunca teve oportunidade de ouvir qual teria sido o seu discurso de vitória. Em 2016, a derrota surpreendeu o mundo que viu Donald Trump chegar à Casa Branca. Agora, cinco anos depois, a democrata leu, pela primeira vez, aquele que teria sido o seu discurso de vitória nessas eleições. “O sonho americano é grande suficiente para toda a gente”, teria dito.

“Nesta lição, vou enfrentar frente a frente uma das minhas derrotas mais públicas ao partilhar convosco o discurso que esperava proferir se tivesse vencido as eleições de 2016”, começou por dizer Hillary Clinton. A ex-primeira-dama falava numa palestra sobre o poder da resiliência, a convite da plataforma de streaming MasterClass, que partilhou alguns excertos, em comunicado, esta quinta-feira.

No vídeo, que pode ser visto no site do talk-show norte-americano NBC Today, Clinton abre um documento e começa a ler excertos do discurso, onde aborda sobretudo a importância da união — uma mensagem bem diferente do então seu opositor, Donald Trump. “Meus compatriotas americanos, hoje enviamos uma mensagem ao mundo inteiro… Não seremos definidos pelas nossas diferenças, não seremos um país de nós contra eles”, leu a ex-secretária de Estado, que sempre lutou pela igualdade, direitos do trabalho e saúde.

O discurso aponta, de seguida, para o marco histórico que a sua vitória representaria para os EUA, uma vez que seria “a primeira presidente mulher que representaria o país no mundo”. “Conheci mulheres que nasceram antes de as mulheres terem direito a votar… Conheci meninos e meninas que não compreendiam por que uma mulher nunca tinha sido presidente antes”, continua a ler. E acrescentou, com convicção: “Esta é uma vitória de todos os americanos, homens e mulheres, meninos e meninas, porque o nosso país provou, mais uma vez, que, quando não há telhados, o céu é o limite.”

Hillary Clinton emocionou-se ao falar da infância difícil da falecida mãe e revelou o que lhe diria, se tivesse oportunidade de voltar atrás no tempo. A mãe da democrata, Dorothy Howell Rodham, morreu aos 92 anos, em 2011. “Sonho em ir ter com ela e dizer-lhe: ‘Olha para mim, ouve-me, vais sobreviver, vais ter a tua própria família, três filhos, e — sei que pode ser difícil de imaginar — a tua filha vai crescer e tornar-se Presidente dos Estados Unidos”, contou.

Este ano, a mulher de Bill Clinton, que foi antes a mulher que mais se aproximou da Sala Oval da Casa Branca, apoiou publicamente Kamala Harris. Aos 55 anos, Harris tornou-se a primeira mulher a assumir o segundo cargo mais importante no país, um século depois de as norte-americanas terem conquistado o direito de votar.

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