Banhos proibidos nas praias de Carcavelos e São Pedro do Estoril

Decisão foi tomada depois de ter sido detectada a presença de medusas velella.

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As praias de Carcavelos e São Pedro do Estoril, em Cascais, estão esta terça-feira interditadas a banhos, com o hastear da bandeira vermelha após ter sido detectada a presença de Medusa Velella, avançou a Autoridade Marítima Nacional (AMN).

“As entidades envolvidas vão manter a monitorização desta situação e a interdição de ida a banhos será levantada assim que estiverem reunidas todas as condições de segurança”, informou a AMN, em comunicado, adiantando que a acção nestas praias foi articulada entre a delegada de saúde local, o capitão do porto e a Câmara Municipal de Cascais.

A AMN anunciou que se encontra interditada a ida a banhos nestas praias, “por uma questão de salvaguarda dos banhistas, após ter recebido o alerta para o aparecimento destes organismos pelos nadadores-salvadores destas praias”.

Nos últimos dias, a presença de Medusa Velella foi registada na Praia da Vieira, na Marinha Grande, distrito de Leiria, o que levou também ao hastear da bandeira vermelha e ao desaconselhamento de ida a banhos, medidas que foram levantadas na segunda-feira, depois de dois dias sem detecção de presença destes organismos no mar, informou o comandante da Capitania do Porto da Nazaré.

Sobre a presença de Medusa Velella, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) disse esta terça-feira que “a espécie Velella velella (Veleiro) está de momento a ocorrer em pequenas quantidades por toda a costa oeste portuguesa, incluindo em algumas ilhas dos Açores”.

Em comunicado, o IPMA explicou que se trata de uma espécie de ocorrência comum e os seus tentáculos são pequenos e ligeiramente urticantes, referindo que é “aconselhável evitar o contacto directo com os mesmos de forma a evitar potenciais reacções alérgicas, em caso de maior sensibilidade”.

“Não havendo evidências de queimaduras ou problemas de saúde associados, é considerada inofensiva”, assegurou o instituto.

No entanto, caso os banhistas tenham estado em contacto com as mesmas e tenham sido picados, devem aplicar bandas de gelo e, se possível, bicarbonato de sódio, recomendou o IPMA.

“A informação destas ocorrências é muito importante para o estudo das espécies, e como tal, caso haja alguma reacção adversa maior, por favor entre em contacto com o GelAvista”, referiu o instituto, apelando à colaboração de todos os cidadãos com o envio de informação de avistamentos, inclusive data, local, número de organismos e fotografia, através da aplicação online ou por correio electrónico plancton@ipma.pt.

O GelAvista é o programa responsável pela monitorização dos organismos gelatinosos em toda a costa portuguesa, lançado em Fevereiro de 2016, com o objectivo de envolver a comunidade no desenvolvimento da ciência, colmatando assim a falta de conhecimento em Portugal sobre os organismos gelatinosos.

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