CDS pede divulgação do calendário de obras em Lisboa

Vereadores centristas na câmara dizem querer evitar "as provações dos lisboetas" no último mandato.

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O último mandato foi marcado por obras direitos reservados

Antecipando que as muitas obras prometidas pela equipa de Fernando Medina para este mandato venham a constituir “provações” para os lisboetas, os vereadores do CDS vão pedir esta quinta-feira à câmara que divulgue um calendário de todas as intervenções previstas para 2018.

Numa moção em que apresentam uma lista de 79 obras que dizem constar do programa eleitoral do PS, os centristas alegam que “as longas filas de trânsito tornaram-se um ex-libris de Lisboa” e que a cidade se tornou “um verdadeiro pesadelo para quem precise de se deslocar”. Os vereadores salientam ainda a necessidade de os cidadãos “respirarem de alívio entre as obras efectuadas antes da realização das eleições autárquicas e as que se antecipam virem a suceder neste ano de 2018”.

Por isso, no documento que vai ser apreciado na reunião camarária desta quinta, o CDS pede que “seja avaliada e publicada, no prazo de 30 dias, a previsão de obras municipais a efectuar para o ano de 2018”. A iniciativa visa, para o vereador João Gonçalves Pereira, “exigir respeito pelos lisboetas”, que “têm o direito de programar a sua vida”.

Para o mandato que se iniciou no fim de Outubro está prevista a conclusão das obras que constam no programa Uma Praça em Cada Bairro, que certamente o marcarão mediática e politicamente, tal como aconteceu no mandato anterior. A autarquia tenciona intervir, entre vários outros sítios, na Praça do Chile, no Largo do Rato, na Praça da Figueira, no Alto de São João.

É também para este ano que está marcado o início das obras dos dois grandes túneis programados no Plano Geral de Drenagem – embora pessoas da câmara já tenham dito que estes trabalhos terão impacto mínimo na vida da cidade.

Da lista que o CDS anexa à moção, e que o vereador Gonçalves Pereira diz não ser exaustiva, constam trabalhos nos diversos corredores verdes, novas vias rodoviárias e reabilitação de acessos, a expansão das ciclovias, o crescimento da rede de eléctricos e as obras de prolongamento do metro.

“Calculo que o executivo queira cumprir o seu programa eleitoral”, diz João Gonçalves Pereira. “Calculo que exista um planeamento. Que seja divulgado”, pede.

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