Aviação síria bombardeia cidades controladas pelo Estado Islâmico e mata dezenas de civis

Raides contra cidades da província de Alepo também provocaram dezenas de feridos graves, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

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Estado Islâmico controla vastas áreas da Síria e do Iraque AFP

Cerca de 40 civis, entre os quais sete crianças, foram mortos em ataques da Força Aérea síria contra duas cidades do norte do país controladas pelo autoproclamado Estado Islâmico, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

Os ataques atingiram as cidades de Al-Bab e Qbassine, na província de Alepo, informou o observatório, que inicialmente tinha quantificado o número de mortos em 21.

“Pelo menos 37 civis, entre eles sete crianças, três adolescentes e duas mulheres, foram mortos nesses raides da Força Aérea síria”, segundo a organização não-governamental. Dezenas de feridos encontram-se em estado grave.

O autoproclamado Estado Islâmico, que controla vastos territórios no Iraque e na Síria, tem sido alvo de ataques aéreos sírios, por um lado, e da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos, por outro.

No terreno, o grupo jihadista tem como inimigos as forças do regime de Bashar al-Assad, os rebeldes que se opõem às forças governamentais e os curdos.

Desde terça-feira, o regime de Damasco já efectuou mais de 400 raides aéreos em toda a Síria, matando pelo menos 89 pessoas, incluindo 18 crianças, segundo o Observatório.

Curdos ao ataque
Na véspera de Natal, segundo a mesma organização, mais de 50 combatentes do Estado Islâmico terão sido mortos durante combates com as forças curdas no norte da Síria. A morte do maior número de jihadistas (44) ocorreu durante combates em Qassiab, localidade do nordeste da Síria que foi reconquistada pelos curdos às forças do EI.

Em Kobane (norte) morreram 14 jihadistas e um soldado curdo em combates que não desfizeram o impasse que se vive nesta cidade disputada desde meados de Setembro e de onde já fugiram milhares de civis. Nos últimos dois dias esta cidade foi alvo de dezenas de bombardeamentos aéreos da coligação internacional liderada pelos EUA.

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