Morreu a mulher indiana vítima de violação queimada a caminho do tribunal

Tinha 23 anos e ficou com 90% do corpo queimado.

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Protesto em Nova Deli contra a violência sobre as mulheres ADNAN ABIDI/Reuters

A mulher vítima de violação que foi queimada na Índia quando estava a caminho do tribunal para depor contra os suspeitos do crime morreu num hospital de Nova Deli.

A jovem mulher, de 23 anos, morreu na sexta-feira ao sofrer uma paragem cardíaca - tinha 90% do corpo queimado.

Foi atacada na quinta-feira quando se dirigia para o tribunal. Em Março, apresentara queixa contra dois homens por violação, um crime que teve lugar em Unnao, no estado nordestino do Uttar Pradesh.

Cinco homens, entre eles os suspeitos de violação, que estavam em liberdade sob fiança, foram detidos depois do ataque. 

A mulher foi transportada na quinta-feira para o Hospital Safdarjung, em Nova Deli, onde morreu.

A irmã da vítima - os nomes não foram revelados - disse à BBC que a família vai continuar a batalhar para que seja feita justiça e que defendem a pena de morte para os suspeitos. 

A morte desta vítima ocorreu no mesmo dia em que a polícia do estado de Telangana, no Sul do país, matou quatro homens suspeitos de violarem e matarem uma veterinária de 27 anos.

Os suspeitos tinham sido levados para uma recriação do crime e forma mortos a tiro pela polícia que disse que conseguiram ficar na posse de duas armas e dispararam.

A Comissão Nacional de Direitos Humanos, um órgão autónomo do Parlamento da Índia, anunciou na sexta-feira o envio de uma missão de investigação à cena do crime, em resposta às dúvidas de deputados da oposição sobre as circunstâncias destas mortes, que foram festejadas pela população local.

De acordo com os últimos dados oficiais, que datam de 2017, mais de 33 mil violações foram registadas no país nesse ano.

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