Sismo de 7,9 abalou o Alasca e gerou receios de tsunami

Alerta de tsunami foi cancelado três horas após o abalo. Não há registo de vítimas.

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Um sismo com uma magnitude de 7,9 graus na escala de Richter foi registado na manhã desta terça-feira a 278 quilómetros a sudoeste da ilha de Kodiak, estado norte-americano do Alasca, segundo indicaram os Serviços Geológicos dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês). O abalo foi registado às 1h31 locais (9h31 em Lisboa). Inicialmente, o observatório geológico chegou a estimar uma magnitude de 8,2 graus, acabando por rever o valor em baixa. 

Não há registo de vítimas nem de danos materiais relevantes até ao momento.

O epicentro foi registado no mar, com um hipocentro a 25 quilómetros de profundidade, o que levou as autoridades a emitirem um alerta de tsunami para o Alasca e a costa ocidental do Canadá, e ainda um aviso para o litoral dos estados norte-americanos de Washington, Oregon, Califórnia e Havai. Três horas após o abalo, os alertas foram cancelados, sendo apenas recomendada vigilância na ilha de Kodiak, onde foram entretanto sentidas réplicas de magnitudes de 5 a 7 na escala de Richter.

A agência metereológica do Japão também monitorizou a situação, não tendo emitido qualquer alerta de tsunami, acrescenta a Reuters.

Em 1964, o Alasca ficou na história

Como o PÚBLICO lembrou em 2016, numa reportagem da jornalista Isabel Lucas aos Estados Unidos, foi em Anchorage, a maior cidade do Alasca (com menos de 300 mil habitantes), em 1964, que foi registado o maior sismo da história dos Estados Unidos e o segundo maior do mundo, com uma magnitude de 9,2 graus na escala de Richter, e que foi seguido por um tsunami.

Na altura, as ondas geradas pelo abalo chegaram a vinte países e submergiram o sudeste do Alasca. As maiores vagas atingiram uma altura de 67 metros. Morreram 139 pessoas. Mais de 50 anos depois, a reconstrução da região ainda prosseguia.

É precisamente de Anchorage surgem testemunhos do sismo desta terça-feira. “Foi um arranque lento, comecei a sentir o sismo um minuto antes do abalo mais forte. Não caiu nada das paredes e nem sequer tive de acordar o meu filho”, afirmou Heather Rand, habitante daquela cidade, em declarações à CNN. Rand diz que este foi “o sismo mais longo” que alguma vez vivenciou. Também uma segunda testemunha contactada pela CNN afirma ter sentido o sismo durante 60 segundos. Nathaniel Moore estava no seu barco, em Kodiak, quando sentiu o abalo. 

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