Guilherme Pinto ganha Matosinhos por “maioria absoluta” e diz que derrotou a “ditadura dos partidos”

Ex-socialista acusa Seguro de “falta de coragem” e diz que que “não basta tomar de assalto um aparelho partidário para ganhar a população”.

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Guilherme Pinto teve uma vitória retumbante, esmagando o seu antigo partido, o PS Filipe Paiva/NFactos

O ex-socialista e candidato independente Guilherme Pinto sublinhou há instantes, na sua declaração de vitória, que ganhou a Câmara de Matosinhos por “maioria absoluta” e derrotou a “ditadura dos partidos”.

Em clima de festa e carregado aos ombros até à sede de candidatura, Guilherme Pinto sublinhou que esta foi uma “vitória clara de Matosinhos e dos matosinhenses. Ganhámos a câmara por maioria absoluta”, exortou numa sala apinhada, que explodiu de entusiasmo enquanto o ex-socialista discursava gritando.

“Saí do PS há seis meses. Seguro não teve cinco minutos para falar comigo ao telefone. Pode ser que agora, se me ligar, eu não tenha tempo para o atender”, disse o candidato, acusando o secretário-geral do PS de “falta de coragem” e o presidente da Federação Distrital do PS/Porto de “falta de lucidez”.

“Não basta tomar de assalto um aparelho partidário para ganhar a população. A população sabe muito bem quem quer, como quer e quem melhor lhe serve. Os matosinhenses disseram que Matosinhos lhes pertence”, acrescentou.

O candidato, que repetiu várias vezes “hoje fizemos história”, sublinhou que vai insistir nas apostas do emprego e da solidariedade para o concelho, cujo “futuro pertence aos matosinhenses” e expressou o desejo de que Matosinhos venha a ser o pólo que retire a área metropolitana “desta crise”.

“Vamos passar a ter uma vivência tranquila, sem que haja sempre alguém por trás a tentar deitar abaixo as nossas expectativas”, apontou, sublinhando ainda ter conseguido “activar a cidadania” em Matosinhos.

Guilherme Pinto saiu depois da sede, tal como entrou, carregado em braços pelos apoiantes, que, já no exterior, lhe dirigiram toda a espuma de uma garrafa de champanhe que há muito o esperava. Apesar da chuva forte, a rua defronte da sede permanece quase bloqueada com centenas de apoiantes com bandeiras e música a celebrar a vitória.
 

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