Tens uma ideia de negócio sustentável? A Biovilla ajuda-te a torná-la real

O programa VER-Viveiro do Emprego Regenerador é uma iniciativa da Biovilla, cooperativa situada em Palmela, que visa ajudar a criar negócios sustentáveis. As candidaturas ao curso gratuito decorrem até 26 de Março.

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Em pleno Parque Natural da Serra da Arrábida, a cinco quilómetros de Palmela e a sete quilómetros de Setúbal, nasceu a Biovilla, uma cooperativa focada na sustentabilidade com a certeza de “querer trazer algo de novo ao mundo”. O projecto, que já oferecia experiências de turismo de natureza, workshops de da sustentabilidade e agricultura biológica com 10 hectares à disposição, lançou agora um programa de emprego em vigor até 2022.

A iniciativa, que já está a ser pensada desde 2019, surge para resolver dois problemas — o desemprego jovem e de longa duração e a perda de biodiversidade. “Percebemos que Palmela era uma zona em que a taxa de desemprego estava a aumentar e havia muito desemprego jovem por falta de oportunidades”, explica ao P3 Patrícia Gonçalves, directora-geral da cooperativa, que com este projecto quer também combater a perda de biodiversidade provocada pelos incêndios de Monchique“Começámos a fazer os nossos puzzles e a pensar de que forma é que poderíamos ajudar, não só a nível ambiental, de forma a devolver todo o apoio que temos recebido.”

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O programa VER  Viveiro de Emprego Regenerador tem as portas abertas para quem partilha da visão da Biovilla, de que “é possível gerar empregos que construam um mundo melhor para todos”. Para isso, pretende “formar pelo menos 105 pessoas” com ferramentas de criação dos próprios negócios numa de quatro áreas: horta biológica, sementes e floresta autóctone; ervas aromáticas e cosmética natural; turismo de natureza; e transformação de alimentos e alimentação saudável. E possibilidades não faltam. “Temos aqui na Biovilla um desidratador solar industrial que disponibilizamos para a comunidade. Imagine que alguém aqui de perto tem um pomar de maçã riscadinha, que é típica de Palmela e quer criar um negócio novo de maçã desidratada - pode vir aqui visitar as nossas instalações.”

O curso tem a duração de oito meses e é totalmente gratuito. As candidaturas abriram esta segunda-feira e decorrem até ao dia 26 de Março. O critério de selecção dita que as vagas que serão ocupadas, em primeiro lugar, por desempregados de longa duração inscritos do IEFP há um ano e jovens desempregados entre os 21 e os 30 anos, com o 12.º ano, oriundos das regiões de Palmela e Setúbal.

Posteriormente, “dirige-se também a todas as pessoas que estejam em condições de emprego não dignas, discriminatórias e destrutivas, quer social quer ambientalmente, de todas as regiões do país, que se identifiquem com as práticas regenerativas e queiram desenvolver-se profissionalmente”, pode ler-se no comunicado enviado ao P3.

A formação arranca a 14 de Abril e termina em Dezembro, com um pitch final, onde os participantes vão apresentar as suas ideias, devendo referir se pretendem recrutar mais pessoas e angariar parceiros ou investidores. Pode acontecer também que sejam recrutados para integrarem a própria empresa. “Se estes negócios entrarem sob a alçada da Biovilla e a fizerem crescer, a Biovilla terá a possibilidade de pagar em salários. Não se exclui essa possibilidade”, assegura Patrícia Gonçalves.

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A iniciativa conta com o apoio financeiro da Portugal Inovação Social. As condições de participação podem ser consultadas aqui.

Texto editado por Amanda Ribeiro

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