Balanço final

Não bastam os likes. Com uma mensagem simples e eficaz e uma rede afinada para a retransmitir, a coligação PSD/CDS-PP teve a melhor campanha nas redes sociais. Independentemente de domingo, depois de quatro anos a doer, é notável a adesão à ideia de que o pior já passou e de que a alternativa seria voltar atrás. E foi a isso que o PS nesta campanha nunca conseguiu responder de forma curta, eficaz e memorizável.

Na CDU, o triunfo do fenómeno Jerónimo. Veja-se o número de visitas, likes e partilhas de qualquer notícia ou imagem do líder comunista, que até está ausente das redes. Análogo, no Bloco, ao fenómeno Catarina. Nem foi preciso Mariana Mortágua.

Fora de São Bento, o enigma Livre. Doze mil fãs no Facebook, nomes muito influentes nas redes sociais (como Daniel Oliveira) e experiências inéditas como a entrevista de Rui Tavares pelos utilizadores portugueses do fórum Reddit. Mas as sondagens não entusiasmam e as urnas não são o Twitter. Há ainda o PAN, de longe o maior partido no Facebook, com 79 mil seguidores. Mas o like não passa de um voto de simpatia. Quem conhece um nome ou uma proposta associada a esta força?

Pela negativa, a campanha do PDR. Por parecer pouco mais que um veículo pessoal de Marinho e Pinto e pelo facto da página oficial do partido no Facebook ter sido eclipsada por uma conta satírica. E a do PNR, que nestas eleições volta a assumir ao que vai: à conquista dos mais xenófobos e conspirativos utilizadores das redes sociais.

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