“É preciso criar um estado de alarme”

Lídia Jorge é uma das mais premiadas escritoras e é internacionalmente consagrada como uma das grandes romancistas. A sua visão crítica da sociedade de hoje não a impede de ter esperança nos jovens que “estão a ensaiar”, que “vão para a rua” e que “se podem unir em torno de causas”.

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Aos 73 anos, Lídia Jorge é autora de uma obra ficcional que interpela como poucas a história recente do país, dos últimos anos do Estado Novo às alegrias, crises e desilusões do Portugal democrático. E o seu olhar é tão preciso e desassombrado que ainda hoje alguma esquerda não lhe perdoou por ter escrito essa incómoda obra-prima a que chamou Os Memoráveis (2014). “Percebi perfeitamente que ia ser punida”, confessa a romancista, que não deixa de apontar à esquerda dois pecados: “o tacticismo” e a “corrupção instalada”, que considera “absolutamente deprimente e catastrófica”. Diz mesmo que esta “é o principal problema ético e moral” do país e classifica “o caso Sócrates” como “um trauma profundo”.

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