Marcelo concorda com família de José Afonso sobre trasladação para Panteão

A família do compositor José Afonso opôs-se, na semana passada, à proposta de trasladação dos restos mortais.

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O Presidente da República afirmou esta terça-feira que reconhece "a categoria moral" da resposta dada pela família de José Afonso ao rejeitar a proposta de trasladação dos restos mortais do cantor e compositor para o Panteão Nacional.

"Não posso deixar de reconhecer a categoria moral da resposta dada pela família de Zeca Afonso", comentou esta terça-feira o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que falava aos jornalistas em Castanheira de Pera, distrito de Leiria.

A família do compositor José Afonso opôs-se, na semana passada, à proposta da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) de trasladação dos restos mortais do músico para o Panteão Nacional, recordando que José Afonso "rejeitou em vida as condecorações oficiais que lhe haviam sido propostas" e que foi, a seu pedido, "enterrado em campa rasa e sem cerimónias oficiais, em total coerência com a sua vida e pensamento".

Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que, no fundo, a resposta da família é simples: "Ele na vida foi como foi. Depois de ter morrido, nós achamos que devemos ter um comportamento equivalente àquele que ele teria se fosse vivo e isso faz muito sentido."

O Presidente da República referiu também que sobre matérias relacionadas com o Panteão já disse o que tinha a dizer há cerca de um ano: "O Parlamento tem que definir uma posição".

Se for a que está definida, "há um critério. Se quer mudar de critério muda de critério, mas o critério que venha a ser adoptado, que venha a ser um critério estável, porque depois começa a haver situações melindrosas", afirmou o chefe de Estado, que falava aos jornalistas durante umas férias que está a ter na zona afectada pelo grande incêndio de Pedrógão Grande, em Junho de 2017.

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