“Tem estado na moda bater no PPD/PSD”, diz Santana

Passos Coelho faz dia de campanha em Espinho e Leiria, com comício e arraial do partido que é “do povo”.

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Santana Lopes foi o convidado especial do comício de Espinho Adriano Miranda
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Passos elogiou os autarcas “de qualquer partido” que desendividaram as câmaras Adriano Miranda
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Santana Lopes foi o convidado especial do comício de Espinho Adriano Miranda
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Santana Lopes foi o convidado especial do comício de Espinho Adriano Miranda
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Passos distribuiu beijos Adriano Miranda
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O cartaz de um candidato do PS à junta local foi tapado durante o comício e destapado depois Adriano Miranda

A chuva quase estragou o comício em Anta, Espinho, mas à hora marcada o céu desanuviou e a praça da freguesia tingiu-se de laranja. Os militantes chegaram em dezenas de carros que entraram na localidade em fila compacta e com ruidosas buzinadelas. À sua espera já estavam o líder do PSD, Passos Coelho, o actual presidente da Câmara de Espinho, Joaquim Pinto Moreira, que volta a ser candidato ao cargo, e o mandatário deste,  Luís Montenegro. Só mais tarde chegou o convidado especial, Pedro Santana Lopes, com um discurso algo optimista no momento em que a moda “é bater no PSD”.

Os dois ex-primeiros-ministros cumprimentaram-se atrás do palco e trocaram, nos discursos públicos, palavras simpáticas. Pedro Santana Lopes assumiu que tem também feito uma volta pelo país nos últimos dias e deu o seu testemunho: “Estou convencido que se vão enganar aqueles que têm vaticinado que o dia 1 de Outubro vai ser um dia menos agradável para o PSD. Tem estado na moda bater no PPD/PSD”.

O actual provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa disse acreditar que “as pessoas vão saber distinguir o trigo do joio”, fazendo uma analogia com “uma pessoa que tem um percalço na vida”, e que “reconhece quando a salvam”. Sem esquecer que estas eleições têm leitura nacional – “o PPD/PSD e o líder lá estarão para a fazer” -, Santana Lopes sublinhou o carácter local das autárquicas. No palco, perto de Pinto Moreira e de Luís Montenegro, o ex-líder do PSD deu os parabéns a Espinho, terra laranja, “por ter a solução para o presente e para o futuro.”

O actual líder aproveitou a referência ao PPD – que é a forma como Santana Lopes se refere ao partido – para lembrar o fundador Sá Carneiro e o cariz popular do partido: “Somos um partido do povo, não elitista”. E o dia de campanha parecia dizer isso mesmo. Ao almoço, Passos Coelho participou numa espécie de arraial, em Leiria, para puxar pela “força da natureza” – como lhe chamou – que é Fernando Costa. O líder do PSD lembrou-o como o “presidente emblemático das Caldas da Rainha”, mas não referiu o mandato de vereador em Loures que exerceu com um acordo com o PCP. Elogiou os autarcas “de qualquer partido” que desendividaram as câmaras, deixou a resposta política aos socialistas para Luís Montenegro – que rebateu as acusações do Governo ao PSD, a propósito do caso de Tancos – e mostrou estar descontraído. Foi ao palco tentar arranjar o microfone que ficou sem som quando Fernando Costa se preparava para falar, tirou selfies com os militantes e deu beijinhos aos que se aproximavam, como compensação quando lhe pediam para ir a outra freguesia do concelho.

Em Leiria e em Espinho (Aveiro), nas duas iniciativas, falaram dirigentes locais mas não os líderes das distritais. No caso de Aveiro, Salvador Malheiros que tem estado próximo de Rui Rio não esteve no comício. Já em Leiria, Rui Rocha, que foi a um almoço promovido por apoiantes do ex-autarca do Porto, esteve sempre perto de Passos Coelho, mas não interveio. Questionado pelo PÚBLICO sobre o motivo de não ter discursado, Rui Rocha remeteu para a organização da iniciativa. A direcção do PSD, através da assessoria de imprensa, informou que não tem sido regra intervirem os líderes distritais e que a organização das iniciativas é da responsabilidade das estruturas locais.

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