A “vã glória” de os políticos tentarem condicionar a História

A tentação dos políticos de condicionarem o seu lugar na História parece inevitável. Assim como a impossibilidade de o conseguirem. A leitura que será feita pelos historiadores do futuro depende de factores que hoje não são controláveis. E, muitas vezes, o desejo dos políticos de determinar a imagem futura dirige-se mais a influenciar a sua imagem no presente.

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Nelson Garrido

As declarações do primeiro-ministro, António Costa, foram interpretadas como uma tentativa de desvalorizar as críticas que o antigo chefe do Governo e ex-Presidente da República Aníbal Cavaco Silva lhe dirigiu no artigo de opinião Fazer mais e melhor, publicado no Observador, a 1 de Junho. Questionado por jornalistas, António Costa afirmou: “Cavaco Silva preocupa-se com o seu lugar na História; eu estou preocupado, sobretudo, com o futuro dos portugueses. Temos de fazer mais e melhor. Quanto ao passado de Cavaco Silva, tenho procurado valorizar o trabalho dos meus antecessores.”

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