Votos nulos sobem, brancos descem

Nestas eleições presidenciais, 1,1% foram votos em branco (correspondentes a 47.041 votos), e 0,94% foram votos nulos (39.998).

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Recorde do peso dos votos em branco e nulos foi em 2011 LUSA/JOSÉ SENA GOULÃO

Do total de votos colocados nas urnas no âmbito destas eleições presidenciais, 1,1% foram votos em branco (correspondentes a 47.041 votos) e 0,94% foram votos nulos (39.998), isto quando faltavam só apurar os resultados de três consulados, de acordo com os dados oficiais.

Face às presidenciais de 2016, em que Marcelo Rebelo de Sousa ganhou pela primeira vez, verifica-se que houve, em ano de pandemia de covid-19, uma ligeira subida do peso dos votos nulos (de 0,92% para 0,94%)​​ e uma descida um pouco mais expressiva, 1,24% para 1,10%, nos votos em branco (olhando para os números absolutos, houve uma descida nos dois tipos de votos em comparação com 2016).

Assim, o recorde do peso dos votos em branco, bem como dos nulos, mantém-se nos 4,2% e nos 1,9%, respectivamente, registados nas presidenciais de 2011, quando Cavaco Silva foi reeleito. O segundo acto eleitoral com maior expressão deste tipo de votos, associados a protesto, aconteceu em 1991, quando Mário Soares foi reeleito, com 2,2% de votos em branco e 1,3% de votos nulos.

Fora das votações ligadas a um segundo mandato, destaca-se, segundo os dados publicados em Diário da República, as eleições ganhas por Jorge Sampaio em 1996, com 1,2% dos votos nulos, e os 1,2% dos votos em branco nas presidenciais de 2016.

No primeiro acto eleitoral para escolher o Presidente da República após o 25 de Abril, em 1976, e nas quais o vencedor foi o general Ramalho Eanes, houve 0,41% de votos em branco e 0,89% de votos nulos.

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