Covid-19. Centros de vacinação irão vacinar contra a gripe. CDC dos EUA recomendam reforço da vacinação para idosos

As principais notícias desta sexta-feira, dia 24 de Setembro, sobre a evolução da pandemia de covid-19.

Foto
Jose Fernandes

Os centros de vacinação que estão a ser utilizados para administrar as vacinas contra a covid-19 vão também passar a ser usados para vacinar contra a gripe. O processo será iniciado na próxima semana, confirmou ao PÚBLICO o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, coordenador da task force para o processo de vacinação contra a covid-19 em Portugal. 

“Os mesmos centros farão as duas vacinas numa organização que pode ser numa base diária ou semanal, ou até com duas áreas diferentes”, explicou Henrique Gouveia e Melo, acrescentando que o método a adoptar ainda está a ser estudado.

Num comunicado enviado esta sexta-feira às redacções, aquele grupo de trabalho apela a todas pessoas que recuperaram de infecção por SARS-CoV-2, “diagnosticada há pelo menos três meses, e que não tenham sido ainda vacinadas contra a covid-19, para que compareçam num centro de vacinação covid-19, recorrendo à modalidade ‘casa aberta’, com a maior brevidade possível, uma vez que estes centros serão, em breve, empenhados na vacinação da gripe”.

António Costa tinha já referido, na quinta-feira, quando anunciou o levantamento das restrições após a reunião do Conselho de Ministros, que está previsto “manter os centros de vacinação como eles existem, neste momento, para dar execução à decisão que venha a ser tomada” a propósito da eventual administração de uma terceira dose da vacina contra a covid-19.

Portugal registou, na quinta-feira, nove mortes e 757 infecções pelo novo coronavírus, de acordo com o boletim da Direcção-Geral da Saúde (DGS) divulgado esta sexta-feira. No total, desde o início da pandemia, já foram reportados 1.065.633 casos de covid-19 e 17.947 óbitos associados à doença. Contam-se actualmente 410 doentes hospitalizados, menos dois do que no último balanço. Desses, 76 estão em unidades de cuidados intensivos, mais um do que no dia anterior. 

O país volta a ter esta sexta-feira um concelho em risco extremo de infecção pelo vírus SARS-CoV-2 e sete em risco muito elevado. O risco extremo de infecção verifica-se quando um concelho tem uma incidência cumulativa a 14 dias acima dos 960 casos de infecção por 100 mil habitantes. Está neste patamar o concelho de Barrancos com 1171 casos na análise referente à incidência cumulativa a 14 dias entre 9 e 22 de Setembro. 

Em risco muito elevado, ou seja, com uma incidência de entre 480 e 959,9 casos por 100 mil habitantes, estão sete concelhos: Albufeira (489), Alcoutim (674), São Brás de Alportel (501), Celorico da Beira (519), Penela (594), Povoa de Lanhoso (489) e Vidigueira (566). Entre ao 240 e os 479,9 casos por 100 mil habitantes a 14 dias o boletim relata a existência de 19 concelhos nessas condições, menos 18 do que na última análise.

Os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos aprovaram o reforço de vacinas contra a covid-19 para norte-americanos com mais de 65 anos e pessoas vulneráveis, incluindo profissionais de saúde.

A directora dos CDC, a principal agência federal de saúde pública do país, Rochelle Walensky, aprovou na quinta-feira uma série de recomendações de um painel de peritos, incluindo a proposta de disponibilizar uma terceira dose da vacina para pessoas com 65 ou mais anos, residentes em lares de idosos e pessoas entre os 50 e os 64 anos com problemas de saúde subjacentes. A dose extra poderá ser dada decorridos pelo menos seis meses desde a administração da última dose da vacina.

Sugerir correcção
Comentar