Empresário alemão investigado por suspeitas de orgias com menores em Cascais

Procuradoria-Geral da República confirma a existência de um inquérito em curso. Adolescentes seriam recrutadas à porta de escolas de Lisboa e da zona de Cascais.

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INSTAGRAM/Matthias Schmelz

O empresário alemão Matthias Schmelz, representante em Portugal dos aspiradores da marca Rainbow, está a ser investigado por suspeitas de lenocínio e de pagar por orgias com menores na sua casa na zona de Cascais, avançou a TVI. Contactada pelo PÚBLICO, a Procuradoria-Geral da República confirma a existência de um inquérito “que corre termos no DIAP [Departamento de Investigação e Acção Penal] de Lisboa”, acrescentando contudo que ainda não há arguidos constituídos e que o caso se encontra em segredo de justiça.

Schmelz, de 59 anos, é suspeito de recrutar jovens estudantes de classe alta e média alta, a maioria com 16 e 17 anos, para orgias em sua casa. Uma das alegadas vítimas, contudo, teria 14 anos. De acordo com a notícia avançada pela TVI, o empresário contratava as adolescentes através do WhatsApp e pagaria, em média, 500 euros a cada uma por sessão. Segundo aquela estação televisiva, o empresário chegava a ir buscar as raparigas à porta das suas escolas em Lisboa e na linha de Cascais.

Matthias Schmelz negou à TVI ter praticado qualquer crime. O PÚBLICO também tentou contactar o empresário, mas não obteve resposta até este momento.

O assalto que desencadeou a investigação

A primeira denúncia relativa ao caso terá sido feita pela mãe de uma menor que terá sido aliciada para uma orgia, mas a investigação terá ganhado novo fôlego após um assalto à casa do alemão.

Segundo a TVI, a 21 de Março, altura em que o milionário se encontrava no estrangeiro, uma rapariga de 18 anos (a quem o empresário tinha confiado a casa de Cascais) reuniu-se com um grupo de amigos na moradia do alemão quando, por volta das 23h, três jovens, com 18 e 27 anos, assaltaram a residência. O assalto terá sido encomendado por uma outra jovem, do Seixal, que teria estado numa festa naquela residência de luxo na noite anterior, tendo identificado objectos de valor no seu interior. 

Após o alerta das vítimas, a PSP conseguiu deter os assaltantes quando estes tentavam fugir e identificar a jovem suspeita de ter ordenado o crime. No dia seguinte, os suspeitos do assalto foram presentes a tribunal, tendo denunciado as actividades que Matthias Schmelz organizaria na moradia, como conheciam a casa e as ligações que mantinham com o empresário.

O caso encontra-se agora sob investigação da Polícia Judiciária, sendo correndo o inquérito-crime no DIAP de Lisboa.

O cidadão alemão chegou a Portugal na década de 1990 e constituiu fortuna com a venda dos aspiradores Rainbow.

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