Morte de criança de seis anos com SARS-CoV-2 e vacinada está a ser investigada

Por ter sido vacinada há uma semana, o Infarmed está a investigar se haverá alguma relação com este facto. Para já, nada se sabe sobre a causa de morte.

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A criança foi assistida no Hospital de Santa Maria, em Lisboa Diego Nery

Ao final da tarde desta segunda-feira, 17, o Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte enviou um comunicado dando conta do óbito, no domingo, 16 de Janeiro, “de um menino de seis anos com teste positivo para SARS-Cov-2, que deu entrada no Hospital de Santa Maria no dia anterior com um quadro de paragem cardiorrespiratória”.

Segundo o mesmo comunicado, “as causas da morte estão a ser analisadas”. Porque a criança tinha a primeira dose da vacina contra a covid-19, o centro hospitalar notificou o caso ao Infarmed e à Direcção-Geral da Saúde.

O Infarmed confirmou a recepção à Lusa: “Confirmamos que recebemos a notificação de suspeita de reacção adversa no decorrer do dia de hoje [segunda-feira, 17] e que a mesma se encontra a ser tratada pelo Infarmed em conjunto com a Unidade Regional de Farmacovigilância de Lisboa, Setúbal e Santarém.”

Segundo o regulador nacional, estão a ser recolhidos “dados adicionais por parte do notificador para análise e avaliação da imputação de causalidade, uma vez que, não sendo a aparente relação temporal o único determinante na avaliação da causalidade, é necessário proceder à recolha de toda a informação clínica”.

A Procuradoria-Geral da República, como é hábito nestes casos, abriu também um inquérito.

A Ordem dos Médicos enviou esta terça-feira uma nota aos meios de comunicação social com um apelo “a que se mantenha a serenidade que uma situação destas exige” e reiterando que é “necessário aguardar pelas conclusões da equipa forense, nomeadamente pelos resultados da autópsia médico-legal e potenciais exames toxicológicos”.

Por fim, referem que continuarão a acompanhar a situação e apelam “a uma rápida actuação de todas as autoridades competentes para esclarecimento cabal dos factos”.

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