App móvel StayAway Covid deixa de estar disponível

A app foi criada para que pessoas diagnosticadas com o novo coronavírus, pudessem usar um código para activar o envio de um alerta anónimo aos aparelhos móveis com que estiveram em contacto próximo.

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A StayAway Covid foi lançada ainda antes de surgirem as vacinas contra o SARS-CoV-2 MIGUEL MANSO

A aplicação móvel StayAway Covid, lançada no final de Agosto de 2020 para acelerar o rastreio de contactos das pessoas que são diagnosticadas com covid-19 em Portugal, deixou de estar operacional. É sugerida aos utilizadores a sua desinstalação.

“Apesar de ainda não ter sido declarado o fim da pandemia, a positiva evolução do padrão epidemiológico da doença em Portugal justifica a interrupção da operação do sistema StayAway Covid”, informa o site dedicado a esta funcionalidade.

A StayAway Covid era uma aplicação móvel de uso voluntário e gratuito. O objectivo era que pessoas com a aplicação instalada, que fossem diagnosticadas com o novo coronavírus, pudessem usar um código (fornecido por um médico) para activar o envio de um alerta anónimo aos aparelhos móveis com que estiveram em contacto próximo (menos de dois metros durante mais de 15 minutos).

A aplicação foi lançada ainda antes de surgirem as vacinas contra o vírus SARS-CoV-2, mas nunca foi muito utilizada. Dois meses depois de a app ter sido lançada, entre dois milhões de downloads e mais de 38 mil doentes identificados, apenas 730 códigos tinham sido emitidos. Uma das grandes barreiras era a obtenção do código para activar o sistema de alerta, que alguns profissionais de saúde tinham dificuldade em encontrar.

Um ano após o lançamento, apenas cerca de 20% dos telemóveis dos portugueses tinham a StayAway Covid activa.

Em Outubro, o Governo português ponderou tornar obrigatório o uso da aplicação StayAway Covid em contexto laboral, escolar, académico e nas Forças Armadas e de segurança – algo que nunca chegou a avançar.

Agora, com 93% da população com a vacinação completa, a mensagem no site do sistema agradece a “todos que, aderindo à rede de rastreio digital de contactos, contribuíram para combater a proliferação do vírus”.

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