Activistas pró-Palestina vandalizam empresa portuguesa que trabalha em Jerusalém

Steconfer, que está a construir metro na cidade israelita, ficou com a fachada e vários veículos pintados.

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A Steconfer é responsável pela construção de um metro ligeiro em Jerusalém RONEN ZVULUN / REUTERS
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Um grupo de activistas pró-Palestina vandalizou, durante a madrugada deste sábado, a sede em Santarém da empresa Steconfer, especialista em infra-estrutura ferroviária e com projectos em Jerusalém, que o grupo acusa de lucrar com aquilo que diz ser o genocídio do povo palestiniano.

Em comunicado, o Colectivo pela Libertação da Palestina refere que "um grupo de pessoas solidárias com a resistência palestiniana" pintou e partiu vidros do edifício e vários veículos da empresa, tendo escrito na fachada do edifício "Steconfer lucra com o genocídio".

Fonte da GNR confirmou à Lusa que as autoridades foram chamadas ao local para tomar conta da ocorrência, não tendo feito quaisquer detenções, uma vez que os activistas tinham já abandonado as instalações da empresa.

Sem referir se apresentou queixa-crime, a Steconfer lamentou e condenou o sucedido, em comunicado enviado às redacções, e refere que "além dos danos materiais avultados, estes actos também colocam em causa os valores pelos quais se pauta há 26 anos".

Em Novembro, activistas do Colectivo pela Libertação da Palestina, Climáximo e Greve Climática Estudantil já tinham pintado de vermelho a fachada dos escritórios da mesma empresa em Lisboa.

O grupo critica os projectos da Steconfer em Israel, em concreto a construção de uma nova linha ferroviária com 53 estações e novos postos de manutenção em Jerusalém. O projecto "contribui activamente para a normalização do estado colonial sionista e para a contínua anexação de terras palestinianas", referem em comunicado, acrescendo que é feito "em terra que a própria lei internacional considera ocupada".

Além da Steconfer, os activistas criticam ainda as "mais de 930 empresas portuguesas a exportar para Israel", a quem apela para que "se pare de consentir com o genocídio a decorrer na Palestina".

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