No campo da crise dos refugiados, vários líderes europeus, desde o primeiro-ministro grego ao presidente alemão, tecem elogios à forma como Portugal se tem mostrado de braços abertos ao acolhimento daqueles que fogem de países devastados pela guerra.

“Em nome da Comissão Europeia quero exprimir gratidão e parabéns ao Governo e ao povo português por abrirem os seus corações e portas, recebendo estas pessoas desesperadas que procuram refúgio na Europa”, disse o comissário Europeu para as migrações, Dimitris Avramopoulos, quando visitava Lisboa no final de Maio.

Portugal foi dos países europeus que mais demonstraram vontade em receber refugiados. Comprometeu-se a receber 1646 pessoas das 160 mil que a UE concordou distribuir entre si – algo apenas superado pela Alemanha, que disse receber 1700.

Mas o Governo acrescentou que também está disponível para receber ainda mais refugiados, no âmbito do acordo que a UE fez com a Turquia. Dado que há países, como a Hungria e Áustria, que se recusam a receber refugiados, Portugal é, para Bruxelas, um exemplo de solidariedade que se deve multiplicar. Portugal dá “sinal aos restantes países europeus sobre o que significa a solidariedade”, acrescentou o comissário.