Condições atmosféricas, sociais e morais

Diz a enciclopédia geográfica que “clima” corresponde a “condições atmosféricas médias de uma região, especialmente no que respeita à temperatura e à precipitação, incluindo as variações sazonais que resultam da sucessão encadeada de tipos de tempo”.

A Cimeira do Clima, que começou em Paris na segunda-feira, pretende acautelar as mudanças climáticas não de uma região, mas de todas. Para isso, tentará aprovar um acordo entre os Estados para evitar que a temperatura da Terra suba mais de 2ºC até 2100.

O dicionário enumera e explica os vários tipos de clima (cujas características estão a tornar-se menos definidas devido aos “maus tratos” ao meio ambiente): “clima continental”, “de monção”, “de montanha”, “desértico”, “equatorial”, “temperado” (o nosso) e “tropical”.

O litoral português não será o mesmo no futuro, podendo ficar “debaixo de água” parte da linha costeira que hoje conhecemos (Aveiro, Costa de Caparica e Algarve).

Num momento em que se quer acreditar que há vontade genuína de salvar a Terra (nunca se esteve tão perto de um acordo desde o Protocolo de Quioto, em 1997), é divulgado um estudo da Universidade de Yale (EUA) a revelar que a petrolífera Exxon Mobil financia organizações para duvidarem de que o aquecimento global é real e causado pelos humanos. Chega-se então à definição de “clima” enquanto “atmosfera social, psicológica e moral” e ao triste exemplo de “clima desagradável, de desconfiança mútua”.

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