IPMA confirma que houve tornados na bacia do Tejo e no Algarve a 28 de Março

Em Silves, no Algarve, o tornado destruiu casas pré-fabricadas, danificou habitações e levou à queda de árvores de grande porte. Em Lisboa não se conhecem efeitos de destruição associados ao tornado.

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No dia 28 de Março, as rajadas de vento chegaram a atingir intensidades de 100 quilómetros/hora LUSA/ESTELA SILVA
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O Instituto Português do Mar e da Atmosfera confirmou que na última quinta-feira, 28 de Março, os fenómenos de vento extremo que se verificaram na bacia do Tejo, junto a Lisboa, e no concelho de Silves, no Algarve, foram de facto tornados. A informação foi confirmada esta quinta-feira, no site do IPMA, após uma análise detalhada do instituto meteorológico.

Na altura, já havia especialistas que levantavam a hipótese de ter passado um tornado na zona do rio Tejo, no sul de Lisboa.

“Sobre o rio Tejo foi observado um vórtice de tornado, ao início da tarde”, confirmou esta quinta-feira o IPMA. “Para o final da tarde, no Barlavento algarvio, foi reportado um episódio de vento forte em Benaciate (freguesia de S. Bartolomeu de Messines, concelho de Silves). Pela análise das observações com radar, documentação e relatos, confirmou-se que a ocorrência esteve associada a um tornado”, detalhou o instituto.

Segundo o instituto meteorológico, o tornado em Silves “destruiu duas casa pré-fabricadas, danificou outras habitações e causou a queda de árvores de grande porte que danificaram viaturas, a queda de postes de telecomunicações e energia”. Já em Lisboa, não se conhecem efeitos da destruição que sejam consequência do tornado.

O IPMA sublinha a raridade do fenómeno: "As observações realizadas em diversas áreas do globo mostram que as condições específicas para a formação de tornados são pouco frequentes".

Entre a meia-noite e as 19 horas de dia 28 de Março foram registadas 598 ocorrências de mau tempo em Portugal continental. As rajadas de vento, em alguns casos, chegaram a exceder intensidades de 100 quilómetros por hora.

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