Uma gestora hospitalar e uma juíza aterram na Justiça

A magistrada Maria Clara Figueiredo e a gestora Maria José Barros são as novas secretárias de Estado da Justiça, no ministério de Rita Alarcão Júdice.

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Sandra Ribeiro
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Apesar de este tipo de transição nem sempre ser bem vista nos meios judiciais, uma das secretarias de Estado da Justiça volta a ter à sua frente uma juíza. Maria Clara Figueiredo, que vai ocupar o cargo de secretária de Estado-Adjunta, foi desembargadora no Tribunal da Relação de Évora. Nessa qualidade, pertenceu ao colectivo que em Janeiro do ano passado deu uma resposta favorável, embora não definitiva, às pretensões da família do operário mortalmente atropelado pelo carro de serviço do então ministro da Administração Interna Eduardo Cabrita. Antes disso esteve no Tribunal de Portalegre, onde exerceu funções ligadas do direito do trabalho.

No sector da justiça há quem defenda que os magistrados que passam a exercer funções governativas não devem poder regressar à magistratura, ou só o devem fazer depois de um período de nojo.

Já a secretária de Estado da Justiça da ministra Rita Alarcão Júdice, Maria José Barros, vai fazer 50 anos e tem toda uma carreira ligada à gestão hospitalar, apesar da sua formação inicial em Direito. Além de ter pertencido ao conselho de administração do Centro Hospitalar de São João, no Porto, foi directora administrativa da Universidade Católica Portuguesa. Do São João transitou para o Hospital de Braga, onde esteve seis anos, e daí para o sector privado. Foi directora de qualidade e segurança da José de Mello Saúde e mais recentemente dirigia o CUF Academic Center, ligado à investigação científica.

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