Eram 11h30 da manhã de 7 de Janeiro de 2015 quando dois homens que pertenciam à Al-Qaeda no Iémen entraram na redacção do jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris, e mataram onze pessoas. À saída, dispararam ainda contra o polícia que protegia o edifício. Foi um ataque contra os jornalistas e um ataque aos valores democráticos, como gritaram dois milhões de pessoas que saíram à rua quatro dias depois na capital francesa — incluindo 40 líderes internacionais. “Je suis Charlie”, dizia-se em solidariedade por vários cantos do mundo.

A manifestação fez a capa do PÚBLICO de 12 de Janeiro. E é com ela que o artista Alexandre Farto (Vhils) conclui a peça que comemora os 25 anos do jornal e que ao longo de 25 semanas a Revista 2 viu crescer, camada após camada. Para chegar ao seu Olhar, Vhils utilizou fragmentos de capas que marcaram a história do mundo e capas que marcaram a história do PÚBLICO. Termina com aquela que reflecte a própria razão de existir do jornal: “Sim à liberdade.”